São Paulo, segunda-feira, 31 de agosto de 2009

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Último Grand Slam expõe alternância no topo do ranking

Após retomar posto de nº 1, Federer busca 6ª taça em Nova York para frear ascensão de Murray e ressurreição de Nadal

Além de estrear diante de um oponente mais frágil, tenista suíço ostenta vantagem de só enfrentar seus maiores rivais em uma possível final

FERNANDO ITOKAZU
SANDRO MACEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Último Grand Slam da temporada, o Aberto dos EUA começa hoje em Nova York e ilustra bem a gangorra que viveu a parte de cima do ranking masculino nos últimos 12 meses.
Em 2008, o suíço Roger Federer, 28, chegou aos EUA em baixa: havia perdido o lugar no topo e tinha dois títulos no ano. A quinta conquista seguida em Flushing Meadows serviu para salvar sua temporada.
A situação agora é muito diferente. Federer finalmente ganhou Roland Garros, retomou o título de Wimbledon, bateu o recorde de taças de Grand Slam, voltou ao topo do ranking e já é eleito por muitos como o melhor tenista da história.
No plano pessoal, casou-se com a namorada/manager de longa data, a ex-tenista Mirka Vravinec, em abril. E, no mês passado, festejou o nascimento de Charlene Riva e Myla Rose.
Quem apostava que ele perderia o foco na ressaca das conquistas ou com as mudanças na vida fora das quadras viu Federer faturar de forma incisiva o Masters 1.000 de Cincinatti.
"Ainda estou jogando muito bem", afirmou o suíço, que se deu bem no sorteio da chave. Seu rival na estreia será Devin Britton (EUA), de 18 anos e 1.364º do ranking, convidado da organização do torneio.
Os dois maiores rivais de Federer, Rafael Nadal e Andy Murray, estão na outra metade da chave e só podem enfrentá- -lo em uma eventual final.
Nadal encara agora situação oposta à do suíço. Em 2008, o espanhol estreou em Nova York seu status de número um. Havia conquistado Roland Garros, Wimbledon e o ouro olímpico em Pequim. Após a espera recorde na vice-liderança, finalmente alcançara o topo.
Mas caiu na semifinal, ante Murray, rival que aproveitou seus problemas -perdeu pela primeira vez em Roland Garros e, lesionado, não pôde defender o título em Wimbledon- para superá-lo no ranking. Apesar do momento delicado, Nadal também pode fazer história.
Se triunfar em Nova York, irá se tornar, aos 23 anos, o sétimo a fechar o Grand Slam (vencer os quatro maiores torneios do circuito) -Federer atingiu o feito aos 27. "Vamos ver como estou fisicamente", disse Nadal, sobre a chance do primeiro título após dois meses afastado.
Além do sobe e desce no ranking, a temporada assistiu à ascensão do escocês Murray.
Com cinco títulos em 2009, quatro em quadra dura, mesmo piso do Aberto dos EUA, ele já ostenta o melhor ranking de um britânico na história.
"Se eu jogar bem, posso vencer o torneio", afirmou Murray, 22, que foi derrotado por Federer na final de 2008 e ainda não venceu um torneio de Grand Slam. "Cheguei perto no ano passado. E estou jogando melhor agora", completou o número dois, que, com uma improvável combinação de resultados, pode chegar ao topo.


Com agências internacionais

NA TV - Aberto dos EUA
Sportv 2 e ESPN Brasil, às 12h


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