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Clube corre o risco de bancar parte da obra
DE SÃO PAULO
O presidente do clube,
Andres Sanchez, falou ontem de manhã. E o diretor
de marketing Luis Paulo Rosenberg confirmou à tarde,
por telefone, à Folha.
Se a Odebrecht não conseguir vender os "naming
rights" (direito de explorar
o nome da arena) do estádio
por um preço equivalente
ao gasto com a construção,
o Corinthians terá que ressarcir a empreiteira.
A obra vai custar "entre
R$ 300 milhões e R$ 350 milhões". Será bancada pela
Odebrecht, que em troca terá o direito de vender os
"naming rights" por um período de até 15 anos.
As estimativas das duas
partes indicam que o estádio pode arrecadar R$ 30
milhões por ano com a exploração de seu nome.
Assim, a ideia é que as
obras se paguem em dez
anos. Os demais anos do
contrato (a duração ainda
não está definida) seriam
para que a empreiteira tivesse algum lucro.
"A gente combinou um
valor com a Odebrecht. Se
não chegar a esse valor, o
Corinthians vai ressarcir a
empreiteira", discursou Andres ontem de manhã,
quando o prefeito Gilberto
Kassab e o governador Alberto Goldman visitaram o
terreno em Itaquera.
"Se eles chegarem a R$
270 milhões, eu tenho que
pôr mais 30 milhões",
exemplificou Rosenberg.
Segundo o pré-contrato
entre Corinthians e Odebrecht, o clube tem direito a
veto sobre o nome da empresa. "Eles podem vender,
mas não para qualquer
um", declarou Andres.
De acordo com Rosenberg, empresas de apostas
ou jogos de azar estão vetadas. "Tem que ser algo que
engrandeça a marca Corinthians. Pode ser empresa de
cueca ou do que for", afirmou o diretor de marketing.
"Já fui procurado por
uma empresa do exterior,
mas agora não é hora de
vender, agora é a baixa. Só
vamos tratar disso daqui a
um ano, com o estádio já
parcialmente de pé", concluiu ele.
(MARTÍN FERNANDEZ)
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