São Paulo, terça-feira, 31 de agosto de 2010

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Clube corre o risco de bancar parte da obra

DE SÃO PAULO

O presidente do clube, Andres Sanchez, falou ontem de manhã. E o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg confirmou à tarde, por telefone, à Folha.
Se a Odebrecht não conseguir vender os "naming rights" (direito de explorar o nome da arena) do estádio por um preço equivalente ao gasto com a construção, o Corinthians terá que ressarcir a empreiteira.
A obra vai custar "entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões". Será bancada pela Odebrecht, que em troca terá o direito de vender os "naming rights" por um período de até 15 anos.
As estimativas das duas partes indicam que o estádio pode arrecadar R$ 30 milhões por ano com a exploração de seu nome.
Assim, a ideia é que as obras se paguem em dez anos. Os demais anos do contrato (a duração ainda não está definida) seriam para que a empreiteira tivesse algum lucro.
"A gente combinou um valor com a Odebrecht. Se não chegar a esse valor, o Corinthians vai ressarcir a empreiteira", discursou Andres ontem de manhã, quando o prefeito Gilberto Kassab e o governador Alberto Goldman visitaram o terreno em Itaquera.
"Se eles chegarem a R$ 270 milhões, eu tenho que pôr mais 30 milhões", exemplificou Rosenberg.
Segundo o pré-contrato entre Corinthians e Odebrecht, o clube tem direito a veto sobre o nome da empresa. "Eles podem vender, mas não para qualquer um", declarou Andres.
De acordo com Rosenberg, empresas de apostas ou jogos de azar estão vetadas. "Tem que ser algo que engrandeça a marca Corinthians. Pode ser empresa de cueca ou do que for", afirmou o diretor de marketing.
"Já fui procurado por uma empresa do exterior, mas agora não é hora de vender, agora é a baixa. Só vamos tratar disso daqui a um ano, com o estádio já parcialmente de pé", concluiu ele. (MARTÍN FERNANDEZ)


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