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Araújo pede trégua à
torcida do Palmeiras
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo técnico do Palmeiras,
Márcio Araújo, iniciou seu trabalho no clube ontem pedindo trégua à torcida.
De gel nos cabelos e roupa de
treino, o substituto de Celso Roth,
demitido no último domingo,
afirmou que "só assim o time alcançará seus objetivos".
"A aliança com o torcedor é
muito importante. O resultado e a
dedicação trarão a torcida para o
nosso lado. O Paulinho [Paulo
Serdan, presidente da Mancha
Alviverde, principal torcida organizada do clube" é um dirigente
competente nessa área. Só não
pode descambar para a violência", disse Araújo, que pretende
voltar à função de coordenador
técnico após o Brasileiro.
A pressão da torcida, que em
quase todos os jogos do Palmeiras
chamava Roth de burro, foi um
dos fatores que levaram à demissão do técnico.
Nem o presidente do clube,
Mustafá Contursi, foi poupado.
Após a derrota para o Internacional, no domingo, o dirigente foi
chamado de "imbecil" pela torcida por insistir em manter Roth no
comando do time.
"Eu já passei pela experiência de
30 mil pessoas, quando estava no
Atlético-MG, me chamando de
burro. Como eram 30 mil, achei
que era mesmo. As pessoas erram, mas precisam ser respeitadas", afirmou Araújo.
"É muito complicado você trabalhar sendo criticado."
Se depender de Serdan, porém,
o novo técnico palmeirense pode
ficar tranquilo. O líder da organizada prometeu apoio a Araújo para que "o time chegue à classificação no Brasileiro".
Enquanto Araújo pedia paz aos
torcedores, os diretores de futebol
do clube, Sebastião Lapola e Américo Faria, tentavam explicar a demissão de Celso Roth.
"O presidente queria que ele
continuasse, mas não havia mais
clima para ele. Por isso, eu e o
Américo sugerimos que ele fosse
demitido", disse Lapola, que foi
contratado para auxiliar o ex-treinador palmeirense.
"Se eu falar que a torcida não influenciou na decisão, estarei mentindo", afirmou Faria.
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