São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2004

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FUTEBOL

Time do Morumbi, que queria rodada cancelada, é derrotado pelo Figueirense e fica sete pontos distante dos líderes

De luto, São Paulo perde o embalo em SC

DA REPORTAGEM LOCAL

O apelo para que a rodada fosse cancelada não foi atendido. Pior para o São Paulo, que entrou em campo, de luto, contra o Figueirense, ontem à noite em Florianópolis, perdeu por 1 a 0 e ficou distante sete pontos dos líderes.
A derrota interrompeu uma seqüência de cinco vitórias seguidas da equipe comandada por Emerson Leão no Brasileiro. Agora, o São Paulo tentará se recuperar nos 31 minutos restantes do jogo com o São Caetano, que será disputado quarta-feira, no Morumbi, interrompido pela morte do zagueiro Serginho.
Os são-paulinos, que perderam o terceiro lugar para o Palmeiras, nem de longe lembravam o time que atropelou seus cinco últimos rivais antes da fatídica partida com o São Caetano.
Em campo, velhos problemas de ordem técnica pareciam estar de volta. O time pouco atacou, não mostrou criatividade, marcou mal e abusou das faltas.
Mas, ao menos, contou com a sorte e com incompetência do atacante Romualdo, do Figueirense, para não terminar o primeiro tempo em desvantagem.
Nos primeiros 20 minutos, o que se viu em campo foi uma partida sem emoção, mal jogada.
No 3-5-2, o São Paulo tomava a iniciativa da partida se aproveitando da vantagem numérica de homens no meio-campo.
Dessa forma, os alas Cicinho e Júnior tentavam organizar o ataque são-paulino. O problema é que a equipe de Leão não conseguia se articular com precisão na frente graças principalmente à boa marcação do rival, líder em desarmes no torneio.
Só na primeira etapa, o time catarinense roubou a bola do adversário 65 vezes, com 17 faltas (contra 13 do adversário).
As roubadas de bola proporcionavam rápidos contragolpes ao Figueirense. E, em dois lances desse tipo, o time da casa desperdiçou duas chances incríveis.
Na primeira, Romualdo foi lançado por Alexandre Gaúcho e, livre na frente de Rogério, chutou para fora. Pouco depois, Romualdo, quase no mesmo lugar, apareceu novamente na frente de Rogério, chutou, mas o goleiro defendeu com os pés.
"Faltou um pouco de tudo à nossa equipe", disse, irritado, o goleiro no intervalo.
Irritado voltou o técnico Leão para o segundo tempo. Após falta de Alexandre Gaúcho em Alê, o treinador começou a berrar com o auxiliar e foi expulso de campo pelo árbitro.
O time passou a ser orientado pelo auxiliar-técnico Pedro Santilli. O jogo ficou mais tenso. Alê agrediu Gaúcho, mas o juiz não viu. Luciano Augusto Almeida irritou ainda mais o time ao inverter faltas. O futebol ficou ainda mais pobre na etapa final.
O Figueirense tomava a iniciativa de atacar. O São Paulo tentava o contragolpe. Nem uma coisa nem outra funcionava. As chances de gol desapareceram até pouco depois da metade do segundo tempo. Aos 25min, um pouco de futebol em campo. E o gol.
Alexandre Gaúcho arriscou da esquerda, Rogério espalmou e, no rebote, Genílson fez 1 a 0.
Após o gol, o São Paulo, mesmo tendo colocado em campo Fábio Santos, Vélber e Diego Tardelli, não conseguiu ameaçar.
Os catarinenses, por sua vez, quase ampliaram. Carlos, em belo chute, assustou Rogério.
O Figueirense ainda reclamou de pênalti não-marcado de Lugano em Nenê nos acréscimos.
Nervosos, no final da partida os são-paulinos ainda tiveram de ouvir os gritos de olé dos torcedores rivais.

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