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FUTEBOL
Time do Morumbi, que queria rodada cancelada, é derrotado pelo Figueirense e fica sete pontos distante dos líderes
De luto, São Paulo perde o embalo em SC
DA REPORTAGEM LOCAL
O apelo para que a rodada fosse
cancelada não foi atendido. Pior
para o São Paulo, que entrou em
campo, de luto, contra o Figueirense, ontem à noite em Florianópolis, perdeu por 1 a 0 e ficou distante sete pontos dos líderes.
A derrota interrompeu uma seqüência de cinco vitórias seguidas
da equipe comandada por Emerson Leão no Brasileiro. Agora, o
São Paulo tentará se recuperar
nos 31 minutos restantes do jogo
com o São Caetano, que será disputado quarta-feira, no Morumbi, interrompido pela morte do
zagueiro Serginho.
Os são-paulinos, que perderam
o terceiro lugar para o Palmeiras,
nem de longe lembravam o time
que atropelou seus cinco últimos
rivais antes da fatídica partida
com o São Caetano.
Em campo, velhos problemas
de ordem técnica pareciam estar
de volta. O time pouco atacou,
não mostrou criatividade, marcou mal e abusou das faltas.
Mas, ao menos, contou com a
sorte e com incompetência do
atacante Romualdo, do Figueirense, para não terminar o primeiro tempo em desvantagem.
Nos primeiros 20 minutos, o
que se viu em campo foi uma partida sem emoção, mal jogada.
No 3-5-2, o São Paulo tomava a
iniciativa da partida se aproveitando da vantagem numérica de
homens no meio-campo.
Dessa forma, os alas Cicinho e
Júnior tentavam organizar o ataque são-paulino. O problema é
que a equipe de Leão não conseguia se articular com precisão na
frente graças principalmente à
boa marcação do rival, líder em
desarmes no torneio.
Só na primeira etapa, o time catarinense roubou a bola do adversário 65 vezes, com 17 faltas (contra 13 do adversário).
As roubadas de bola proporcionavam rápidos contragolpes ao
Figueirense. E, em dois lances
desse tipo, o time da casa desperdiçou duas chances incríveis.
Na primeira, Romualdo foi lançado por Alexandre Gaúcho e, livre na frente de Rogério, chutou
para fora. Pouco depois, Romualdo, quase no mesmo lugar, apareceu novamente na frente de Rogério, chutou, mas o goleiro defendeu com os pés.
"Faltou um pouco de tudo à
nossa equipe", disse, irritado, o
goleiro no intervalo.
Irritado voltou o técnico Leão
para o segundo tempo. Após falta
de Alexandre Gaúcho em Alê, o
treinador começou a berrar com
o auxiliar e foi expulso de campo
pelo árbitro.
O time passou a ser orientado
pelo auxiliar-técnico Pedro Santilli. O jogo ficou mais tenso. Alê
agrediu Gaúcho, mas o juiz não
viu. Luciano Augusto Almeida irritou ainda mais o time ao inverter faltas. O futebol ficou ainda
mais pobre na etapa final.
O Figueirense tomava a iniciativa de atacar. O São Paulo tentava
o contragolpe. Nem uma coisa
nem outra funcionava. As chances de gol desapareceram até pouco depois da metade do segundo
tempo. Aos 25min, um pouco de
futebol em campo. E o gol.
Alexandre Gaúcho arriscou da
esquerda, Rogério espalmou e, no
rebote, Genílson fez 1 a 0.
Após o gol, o São Paulo, mesmo
tendo colocado em campo Fábio
Santos, Vélber e Diego Tardelli,
não conseguiu ameaçar.
Os catarinenses, por sua vez,
quase ampliaram. Carlos, em belo
chute, assustou Rogério.
O Figueirense ainda reclamou
de pênalti não-marcado de Lugano em Nenê nos acréscimos.
Nervosos, no final da partida os
são-paulinos ainda tiveram de
ouvir os gritos de olé dos torcedores rivais.
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