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Equipe não agride e apanha de rival
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo, que na véspera da
partida contra o Figueirense se dizia abalado emocionalmente pela
morte do zagueiro Serginho, demonstrou apatia e apanhou bastante dos rivais.
O time de Leão, que vinha se notabilizando pelo bom poder ofensivo, ontem reviveu os seus piores
dias no torneio nesse fundamento. Foram apenas sete chutes a gol
nos 90 minutos, o pior número da
equipe no torneio. No primeiro
tempo, a equipe, que tem média
superior a 14 finalizações por partida, arriscou no gol em quatro
oportunidades, todas para fora.
Na segunda etapa, foram mais
três tentativas, com dois acertos.
Mesmo assim, o time ficou dos
16min até os 45min sem dar um
chute sequer na meta adversária.
A equipe do Morumbi só teve
desempenho pior em finalizações
quando foi derrotada pelo Botafogo, no Rio. Uma só tentativa.
Além de não agredir o rival, os
são-paulinos literalmente apanharam ontem. O time de Leão,
acostumado a bater nos adversários e um dos líderes em cartões
recebidos no campeonato, ontem
sofreu 41 faltas e fez 27.
O atacante Grafite, artilheiro do
time, com 11 gols, e o ala-direito
Cicinho, vice-goleador, com oito,
foram os que mais sofreram infrações -seis cada um.
A violência dos adversários fez
com que Leão perdesse a cabeça e
criticasse a arbitragem.
"Ele pensa que é Deus. O número 9 chutou gravemente o nosso
jogador. Ele me expulsou porque
saí da área técnica. É verdade, mas
ele é Deus e não precisa ver nada."
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