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País pode abrigar competição em 2005
DO ENVIADO AO RIO
O calendário brasileiro de judô
pode dar ao mundo mais um
evento aberto aos deficientes
mentais. A idéia da CBJ é a de fazer um torneio internacional, por
ocasião da 10ª Copa Rio de Janeiro Internacional, programada para outubro de 2005.
Segundo o técnico Leonardo
Mataruna e o diretor técnico da
CBJ, Ney Wilson, existe um entendimento sobre a questão. O
próximo passo é a coleta de dados
para saber quantos são os atletas.
"Precisamos identificar quantos
deficientes praticam judô. Desde
que o Breno ganhou mais mídia,
em 2002, e passou a ser um referencial, houve um aumento de judocas deficientes. Coletando esses
dados, dá para a gente construir
alguma coisa", afirma Wilson.
Oficialmente, a Copa Rio já conta com um evento para cegos dentro de sua agenda. O torneio espera ter o apoio da Prefeitura do Rio
e aguarda bom afluxo de atletas
de outros países.
"Com base nesse contato que
nós fizemos para levar o Breno
para o exterior, podemos ter certeza de que haverá interesse de
outros países no evento", afirma o
diretor técnico da CBJ.
Em nível mundial também há
um movimento para integrar os
judocas mentalmente prejudicados à comunidade esportiva.
Além disso, um congresso de
técnicos de judô que trabalham
com deficientes físicos se reunirá
em abril de 2005, em Roma, para
troca de experiências. Segundo
Mataruna, o encontro também terá como objetivo o lançamento de
um manifesto pela inclusão dos
deficientes mentais no judô da
Paraolimpíada de Pequim-08.
Atualmente, apenas cegos tomam parte no torneio paraolímpico oficial (que conta medalha),
no qual o brasileiro Antônio Tenório é o único tricampeão.
Atletas como Breno Viola podem ser inscritos em competições
para atletas não-deficientes, já
que não há qualquer impedimento para isso. Mas, por melhores e
mais bem treinados que sejam, as
limitações físicas tornam improváveis quaisquer chances de vitória para o deficiente contra um
atleta de alto rendimento.
"O Breno já disputou competições regulares, mas nunca houve
uma condição de igualdade", afirma Ney Wilson. (MDA)
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