São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2004

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País pode abrigar competição em 2005

DO ENVIADO AO RIO

O calendário brasileiro de judô pode dar ao mundo mais um evento aberto aos deficientes mentais. A idéia da CBJ é a de fazer um torneio internacional, por ocasião da 10ª Copa Rio de Janeiro Internacional, programada para outubro de 2005.
Segundo o técnico Leonardo Mataruna e o diretor técnico da CBJ, Ney Wilson, existe um entendimento sobre a questão. O próximo passo é a coleta de dados para saber quantos são os atletas.
"Precisamos identificar quantos deficientes praticam judô. Desde que o Breno ganhou mais mídia, em 2002, e passou a ser um referencial, houve um aumento de judocas deficientes. Coletando esses dados, dá para a gente construir alguma coisa", afirma Wilson.
Oficialmente, a Copa Rio já conta com um evento para cegos dentro de sua agenda. O torneio espera ter o apoio da Prefeitura do Rio e aguarda bom afluxo de atletas de outros países.
"Com base nesse contato que nós fizemos para levar o Breno para o exterior, podemos ter certeza de que haverá interesse de outros países no evento", afirma o diretor técnico da CBJ.
Em nível mundial também há um movimento para integrar os judocas mentalmente prejudicados à comunidade esportiva.
Além disso, um congresso de técnicos de judô que trabalham com deficientes físicos se reunirá em abril de 2005, em Roma, para troca de experiências. Segundo Mataruna, o encontro também terá como objetivo o lançamento de um manifesto pela inclusão dos deficientes mentais no judô da Paraolimpíada de Pequim-08.
Atualmente, apenas cegos tomam parte no torneio paraolímpico oficial (que conta medalha), no qual o brasileiro Antônio Tenório é o único tricampeão.
Atletas como Breno Viola podem ser inscritos em competições para atletas não-deficientes, já que não há qualquer impedimento para isso. Mas, por melhores e mais bem treinados que sejam, as limitações físicas tornam improváveis quaisquer chances de vitória para o deficiente contra um atleta de alto rendimento.
"O Breno já disputou competições regulares, mas nunca houve uma condição de igualdade", afirma Ney Wilson. (MDA)

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