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CPI sobre o Corinthians é protocolada no Congresso
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No mesmo dia em que o Brasil foi escolhido para sediar a
Copa do Mundo de 2014, o requerimento de criação da CPI
do Corinthians foi protocolado
na Mesa Diretora do Congresso. Apesar da pressão contra da
CBF (Confederação Brasileira
de Futebol), 209 deputados e
38 senadores, 49 parlamentares a mais do que o necessário,
apoiaram a criação da CPI.
Para que seja viabilizada, o
requerimento precisa agora ser
lido em sessão conjunta das
duas Casas Legislativas, mas
ainda não há previsão de data.
Depois da leitura, os parlamentares têm até a meia-noite
do mesmo dia para retirar o
apoio à comissão de inquérito.
Para que seja criada, a CPI
precisa ter, no mínimo, as assinaturas de 171 deputados e 27
senadores.
Um dos autores da proposta,
o deputado Silvio Torres
(PSDB-SP) admitiu que muitos
parlamentares devem retirar o
apoio a pedido dos governadores que têm interesse em sediar
jogos da Copa do Mundo em
2014. Mas que confia na "margem de segurança", já que o número de assinaturas coletadas
para a instalação é bem maior
do que as necessárias.
Ele disse que nos últimos
dias, após declarações de Ricardo Teixeira contra a CPI, recebeu telefonema de vários deputados querendo saber se assinaram o documento. Na Câmara,
é prática os parlamentares assinarem documentos sem ter
plena ciência de seu teor.
No Senado, a pressão da CBF
teve efeito prático. Três senadores retiraram o apoio: Tasso
Jereissati (PSDB-CE), Eduardo
Azeredo (PSDB-MG) e, ontem,
Adelmir Santana (DEM-DF).
O democrata justificou que
recebeu um telefonema do governador José Roberto Arruda
(DEM), que quer sediar o jogo
de abertura da Copa, para que
não apoiasse a investigação.
A CPI pretende investigar
crimes contra o sistema financeiro nacional e a ordem tributária, nas modalidades de sonegação fiscal, evasão de divisas e
lavagem de dinheiro, por meio
de contrato entre a empresa
MSI e o Corinthians, além de
outros fatos correlatos envolvendo dirigentes, atletas e empresários, entre 2000 e 2007.
Os dois articuladores da CPI,
Silvio Torres e Álvaro Dias
(PSDB-PR) disseram que são
corintianos e que a investigação não deve se ater as denúncias envolvendo o clube.
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