DA REPORTAGEM LOCAL

Após ter sido descoberta numa praça de Porto Alegre, aos 11 anos, enquanto brincava, Daiane dos Santos sempre foi arrebatadora na ginástica artística.
Primeiro, pela sua potência física, capaz de acrobacias então impensáveis para mulheres. Depois, pelos seus resultados e pela forma como se levantou após sérias contusões e derrotas marcantes.
A gaúcha foi a primeira a dar ao país um ouro de peso na ginástica artística, em 2003, quando, em Anaheim (EUA), foi campeã mundial de solo.
A conquista fez ainda com que se tornasse a primeira brasileira a ter o nome inscrito no código de pontuação da FIG, com o duplo twist carpado (Dos Santos), no qual executa um mortal com meia-volta e dois giros no ar com braços próximos à cintura.
Favorita, deixou o ouro olímpico de Atenas-04 escapar, assim como o do Mundial de 2005, com tombos marcantes. E que mostraram a força da atleta para surpreender e se reerguer. Tanto que voltou a uma Olimpíada, em Pequim, e se mostrou resistente a tantas cirurgias -pelo menos cinco.
Mas, de 2005 para cá, Daiane, hoje com 26 anos, pouco tem atuado. Na tentativa de ir a Londres-12, sofreu mais duas cirurgias. Fruto de recuperação dessas intervenções, teve seu nome ligado ao doping. Baque do qual terá que se levantar agora. (CCP E JEM)


Texto Anterior: Ginasta abre mão de fazer a contraprova
Próximo Texto: Apoio: Surpresa, Maurren Maggi receita "bastante paciência"
Índice