|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estado vai pagar pela reforma do Maracanã
DO ENVIADO AO RIO
O governo do Estado do Rio
de Janeiro anunciou que vai assumir os custos da reforma do
Maracanã para a Copa-2014 e
para a Olimpíada-2016. Antes,
a intenção era que as obras fossem bancadas por uma PPP
(Parceria Público-Privada).
Nenhum dos nove Estados
que serão sede do Mundial de
futebol conseguiu até agora esse tipo de contrato com empresas. Minas Gerais, Amazonas e
Mato Grosso já desistiram.
O estádio carioca tem papel
central nos eventos: está previsto como sede da final da Copa do Mundo e da abertura e do
encerramento dos Jogos Olímpicos. O orçamento para modernizá-lo é de R$ 430 milhões.
Pelo plano inicial, uma empresa bancaria a reforma, mas
teria direito a explorar o Maracanã em seguida. Até um edital
prévio de licitação foi lançado
para isso. Mas não deu certo.
"Vamos licitar a obra. E concessionar [ceder o estádio à iniciativa privada] depois", afirmou ontem o governador do
Rio, Sérgio Cabral, logo após
deixar reunião com o COI (Comitê Olímpico Internacional).
Segundo Cabral, a PPP não
deu certo por falta de um "fundo garantidor" -um dinheiro
que o governo deveria reservar
para cobrir eventuais problemas na execução das obras.
"O mercado estava dizendo
que assim não dava", reconheceu o governador, sobre a falta
de aceitação pelos interessados
do modelo de PPP.
O edital prévio de licitação do
Maracanã já previa que, mesmo com uma PPP, o governo
estadual poderia ter que gastar
em caso de mudanças de projetos ou de exigências da Fifa.
Agora, Cabral pretende recorrer ao dinheiro do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Social). E até admite
reduzir os custos da reforma.
Explica-se: o banco garante
até R$ 320 milhões de financiamento, se esse for o custo total
do estádio. Pode dar até um total de R$ 400 milhões, mas, para isso, exige contrapartida do
Estado. E o BNDES só admite
custear 75% de cada praça.
Cabral, porém, afirmou que
não é por isso que deixará de
atender os encargos da Fifa. E
não abrirá mão do aumento da
cobertura do estádio, um dos
itens mais caros em reformas.
"A Fifa exige que cada cidadão
não tome chuva", declarou.
O governador ainda não deu
data para lançar o edital de licitação definitivo do estádio. Não
há mais prazo para isso do COL
(Comitê Organizador Local) e
da Fifa. Mas as obras têm que
começar em março.
(RM)
Texto Anterior: Equívoco: Votação de projeto que dá benefício à a CBF é adiada Próximo Texto: Motor - Fabio Seixas: Muito botão, pouco tempo Índice
|