São Paulo, segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

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Que ano!!

2007 foi ano de grandes eventos, do Pan no Rio ao anúncio da Copa no Brasil, foi marcado por dopings e crises até na vencedora seleção de vôlei e vai deixar marcas profundas no esporte-que o diga o rebaixado Corinthians

O ano de 2007 foi frenético no esporte. Não foi? Duvida? Lembre, começou em janeiro com Roger Federer campeão pela terceira vez na Austrália.
Em fevereiro, com Gustavo Kuerten vencendo pela primeira vez em 17 meses, e Ronaldo estreando sem gols pelo Milan. E com um estupendo Lewis Hamilton, em março, dando graça à F-1 sem Schumacher, e Michael Phelps, nadando como Spitz, sete ouros e cinco recordes no Mundial de Melbourne.
Depois, um abril de altos e baixos. Acelino Freitas, o Popó, perdeu e se aposentou. Leandrinho brilhou e ganhou o título de melhor reserva da NBA.
Em maio, títulos estaduais para Santos e Flamengo e o início do Brasileiro -o Brasileiro do gol mil de Romário, de Romário técnico e, no final, de Romário dopado. Jadel Gregório bateu recorde de 32 anos de João do Pulo. E Kaká e Milan se vingaram do Liverpool na final da Copa dos Campeões.
Junho viu o Flu ganhar a Copa do Brasil, e o Grêmio bater o São Paulo, mas não o Boca na Libertadores. Na NBA, Varejão se tornou o primeiro brasileiro em finais, mas LeBron James não foi suficiente para o seu Cleveland contra os Spurs.
Julho foi cheio. O doping assolou a Volta da França, Dodô e Jaqueline. Hamilton seguia brilhando, mas a F-1 praticamente só falava de espiões.
Após entrar em crise com Kaká e Ronaldinho, Dunga ganhou a Copa América sem medalhões, mas com Robinho e um 3 a 0 na Argentina. O time sub-20, com Pato, fez sua pior campanha num Mundial. E, incrível, o técnico brasileiro Jorvan Vieira deu ao conflagrado Iraque a primeira Copa da Ásia.
Foi também mês de Pan, que, com orçamento inchado em quase 800% (R$ 3,7 bilhões), registrou vaias x Lula, Bernardinho x Ricardinho, falhas x euforia, cubanos sumindo x brasileiros ganhando. E muito.
O Rio saudou as braçadas de César Cielo e Thiago Pereira e deu adeus a Janeth e Hugo Hoyama. Registrou recorde de pódios em Pans e se imaginou potência e sede olímpica em 2016.
Acordou logo em agosto, no Mundial de atletismo, o dos três ouros de Tyson Gay e de uma única prata do Brasil, a de Jadel. Em setembro, a vez do basquete, que falhou nos Pré-Olímpicos. Ano de fiascos?
Não da ginástica, em que Diego Hypólito e Jade Barbosa fizeram história no Mundial. E não do judô, que teve João Derly e Tiago Camilo brilhando no Mundial. Na Copa da China, só o ouro para Marta & cia.
Outubro definiu o Brasil sede da Copa-14, e a seleção voltou ao país com 5 a 0 no Equador. Marion Jones admitiu doping, no caso olímpico mais rumoroso desde Ben Johnson. Hamilton enfim falhou, e o azarão Kimi Raikkonen venceu no Brasil a F-1. E o São Paulo foi penta no Brasileiro de melhor público desde 1999, com show da torcida do Flamengo no Maracanã.
Em novembro, mais doping: Rebeca Gusmão põe em xeque o controle do "melhor Pan da história". E mortes: a de um torcedor na Itália, atingido por policial, estopim de uma onda de violência que interrompeu o campeonato; a de inocentes torcedores que apenas festejavam a volta do Bahia à Série B, na Fonte Nova, no país que vai mesmo organizar uma Copa.
País feliz de Kaká, campeão mundial com o Milan e melhor do mundo ao lado de Marta em dezembro. País triste da Stock e da tragédia de Rafael Sperafico.
Algo esquecido? Sim, enquanto tudo isso rolava, Kia, Berezovski, Dualib e Duprat se enrolavam nos grampos da Justiça. E, enquanto eles enrolavam, o Corinthians caiu.


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