São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

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soberania

Quênia põe anfitrião da São Silvestre em 2º plano

Favoritos, africanos se destacam nas principais provas anteriores à corrida de hoje

Desfalcado de seu principal fundista, Brasil aposta em Franck Caldeira, campeão em 2006 e que admitiu não estar apto para vencer


Jorge Araújo/Folha Imagem
O queniano Nicholas Koech faz exercício no parque Ibirapuera

GIULLIANA BIANCONI
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo em casa, os brasileiros entram na Corrida Internacional de São Silvestre com poucas chances de vitória. Hoje, na 84ª edição da prova, o Quênia poderá, enfim, assumir a hegemonia da mais tradicional corrida de rua do país.
No masculino, o favorito é Evans Cheruiyot, vencedor da última Maratona de Chicago e estreante na prova brasileira.
"Não sei se vou vencer, mas espero correr em um bom tempo", disse o atleta, que ambiciona completar os 15 km da disputa na casa dos 43min. O recorde da São Silvestre -pertencente a outro queniano, o pentacampeão Paul Tergat-, é de 43min12s, obtido em 1995.
Outros compatriotas de Cheruiyot (que não tem parentesco com Robert Cheruiyot, tricampeão da prova) despontam com boas chances de colocar o Quênia como a nação mais vitoriosa da fase internacional da prova, que começou em 1945. O país africano está empatado com o Brasil. Ambos têm dez triunfos, entre os homens, na corrida.
Nicholas Koech, por exemplo, venceu a última Volta da Pampulha, em Belo Horizonte, e a 10k Rio. Nesta temporada, levou também a Meia-Maratona de Bonn, na Alemanha.
Chemwolo Kiprono Mutai, segundo na Pampulha, triunfou na São Silveira e na última Meia-Maratona de São Paulo.
Entre as mulheres, o alvo a ser batido chama-se Nancy Kipron, bicampeã da Pampulha e ganhadora da 10k Rio.
"A Nancy é a grande favorita. Mas estou bastante confiante com meus resultados, com os treinamentos. Vou dar trabalho", disse a brasileira Maria Zeferina Baldaia, campeã da São Silvestre de 2001 e terceira colocada no ano passado.
Com seis conquistas no feminino, o Quênia poderá se igualar a Portugal, que tem sete. O Brasil, que se alternou em primeiro lugar com as africanas em oito das últimas nove edições, possui cinco troféus.
No discurso, pelo menos, elas estão mais confiantes que os homens, que não contarão com Marilson dos Santos, principal fundista do país, lesionado.
Vanderlei Cordeiro de Lima, que vai se aposentar hoje, já avisou que correrá apenas para chegar ao final da prova.
Franck Caldeira, ouro na maratona dos Jogos Pan-Americanos de 2007, descartou vitória e disse que seu objetivo é figurar no pódio. "Temos o nosso potencial. Os quenianos são incômodos. Mais uma vez será uma disputa bacana", disse o vencedor da São Silvestre de 2006.


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