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som
Rio revoluciona áudio via Internet
RICARDO FOTIOS
do Universo Online
Rápido, grátis e com qualidade
digital. Há mais ou menos um ano,
o MP3 revolucionou a transmissão
de sons via Internet. Agora, chega
ao mercado brasileiro o Rio, um
aparelhinho parecido com um
walkman, que armazena os arquivos de áudio em MP3 com altíssima fidelidade, como se fosse um
CD, e ainda vai para a rua plugado
na orelha do usuário.
Os sons em MP3 estão gerando
polêmica porque podem ser copiados de qualquer parte do mundo e,
normalmente, estão disponíveis
sem o devido recolhimento de direitos autorais.
Com a chegada do Rio, a fronteira entre o teclado e o uso cotidiano
do MP3 acaba de ser quebrada.
Basta gravar os arquivos baixados
da rede no aparelho e sair ouvindo.
Com a vantagem de o usuário
poder se movimentar à vontade, já
que as músicas são gravadas na
memória do Rio e não "pulam"
nunca, como acontece com o discman, por exemplo.
Além disso, a tecnologia pode
compactar em até dez vezes o tamanho do arquivo, o que torna seu
download (processo de baixar arquivos da rede) muito mais rápido.
A reportagem do caderno Informática, da Folha, testou o novo
aparelho e mostrou que ele tem capacidade para armazenar até
32Mbytes, o que significa cerca de
60 minutos de som. Mais vantagens? Você escolhe as músicas que
quer gravar e não precisa comprar
um CD inteiro por causa de uma
faixa -o inconveniente é o preço
no Brasil, cerca de R$ 500.
Claro que as gravadoras chiaram. Estão processando a Diamond, empresa norte-americana
que fabrica o Rio.
O motivo é simples: com o desenvolvimento dessa tecnologia,
qualquer artista pode produzir um
disco e disponibilizar na Internet
sem ter de passar pelo processo de
fabricação do CD, dos encartes e
de distribuição.
Para se ter uma idéia da revolução que o Rio pode causar, o megastar ex-Prince anda divulgando
para uma seleta lista de internautas que vai lançar todo o seu trabalho em MP3 ao custo, pasmem, de
U$ 3 cada CD.
Por muito menos, o Public
Enemy teve de deixar sua gravadora, pois disponibilizou na rede,
sem cobrar nada, trechos do seu
single com essa tecnologia.
De qualquer forma, nem o MP3
nem o Rio são ilegais, pois são apenas mídias de reprodução de som.
A ilegalidade está no ato de reproduzir o som sem autorização e sem
o pagamento de direitos autorais e
comerciais. A inovação faz certamente com que toda a estrutura fonográfica, sobretudo os custos, seja repensada para o próximo milênio, que, por sinal, já começou na
Internet. Sorte do internauta.
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