Caixa com 11º ano de "Os Simpsons" traz clássicos legais e algumas bobagens

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir da décima temporada, "Os Simpsons" funcionam como uma caderneta de poupança: o retorno para seu investimento é garantido, ainda que nem sempre seja o mais lucrativo -em especial quando comparado às clássicas temporadas intermediárias.
Essa impressão é ratificada pelo lançamento da caixa que reúne, em quatro DVDs, os 22 episódios da 11ª temporada.
Alguns roteiros são muito preguiçosos -reciclam de forma tão descarada idéias já usadas que os próprios criadores colocam o Comic Book Guy, o dono da loja de quadrinhos, para reclamar, dizendo: "Pior episódio de todos os tempos".
Em compensação, quando acertam, mostram porque "Os Simpsons" é o melhor (e mais longevo) desenho da história.
Há três clássicos inesquecíveis de Homer: "Adivinhe quem Vem para Criticar", em que ele vira crítico gastronômico; "Homer, o Fazendeiro", em que ele junta tomate com tabaco e cria o viciante "tomaco"; e o hilário "Missionário Impossível", em que ele é enviado para catequizar indígenas.
Outros personagens também têm momentos de brilho: Bart vira um pastor sensacional em "Fé de Menos", Ned Flanders tem de lidar com a morte de sua mulher em "Sozinho Outra Vez", Barney tenta largar a bebida em "Sem Vícios" e Lisa vira presidente dos EUA em "Bart no Futuro".
E há, ainda, o episódio vencedor do Emmy, o Oscar da TV norte-americana: "Por Trás das Risadas", um documentário no estilo "por trás da fama" que mostra como os Simpsons se tornaram o que são.