São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

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02 NEURÔNIO

A mala de viagem
Ou o mala da viagem

JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO

COLUNISTAS DA FOLHA

O Carnaval já se aproxima, e talvez você queira viajar. Já é hora de começar a pensar nisso, porque o mundo está dividido em três tipos de pessoas:

1 - Pessoas chatas que gostam de se programar com cinco meses de antecedência e lotam os vôos baratos e as pousadas bacanas;

2 - Pessoas legais que estão mais preocupadas em dúvidas existencias do tipo: "Como farei para minha terça-feira ser incrível";

3 - Ex-pessoas legais que não se preocupavam com esse tipo de coisa, mas, depois de passar cinco anos sem conseguir uma passagem barata ou uma pousada bacana, passaram a fazer parte do grupo um. Ainda que contra sua ideologia.

Já vamos logo avisando: se você faz parte do incrível grupo dois, continue nele. Mas prepare-se para roubadas horríveis. Do tipo ficar sem programa e ter de encarar uma viagem com família para o litoral. E já que a gente é mais velha, pode dizer para os lesadinhos que um pouquinho (mas muito pouco mesmo) de programação não mata. Você pode tentar ter os dois: a dúvida existencial e a viagem certa (em todos os sentidos).
Como acabamos de voltar de viagem, estamos cheias de sabedoria nesse setor. E aproveitamos este espaço para dividir nossos absurdos com vocês. Porque, além de comprar passagens com muita antecedência, você deve também pensar bem antes em várias coisas da viagem. Afinal, já que é pra ser mala, é melhor ser mala por completo!
- Levar quatro sapatos para uma viagem de seis dias não é exagero. Em nossa última viagem, uma de nós conseguiu usar os quatro pares nos dois primeiros dias.
- A primeira coisa que você deve fazer quando arruma a mala é separar as calcinhas e a escova de dente. A probabilidade de você esquecer um desses ítens é de 90%! Ah, e as meias. Probabilidade de esquecimento: 99%.
- Nunca leve uma mala que você não possa carregar. Quer dizer, quase sempre você faz isso e depois sofre com os problemas de coluna ocasionados pelo peso da mala no seu ombro. Mas como pessoa mala e programada que você virou, aposente as mochilas e invista em uma mala de rodinhas.
- Leve um monte de roupa. Essa gente que diz pra só levar o básico em viagem não sabe do que está falando. Leve as suas melhores peças. O seu guarda-roupa inteiro, se ele couber na mala. E olhe com desprezo para quem achar que a sua mala é grande demais. Ops! Isso ficou parecendo conversa sobre sexo!
- Nunca arrume uma mala perto da mãe, porque senão ela vai querer se meter. E dobrar as peças de um jeito que não amassa. Mas achamos que mais vale andar com a roupa amassada (mas pela gente mesmo) do que com tudo arrumadinho por alguém que não seja a gente.
- E uma hora nada vai caber. Então, como sempre, você vai se sentar em cima da mala, pedir para alguém ajudá-la a "segurar o zíper" e fechar a mala à força e com cara de ódio.
- E não viaje com um mala. Ou uma mala (não a de viagem!). Quer dizer, nem seja amigo de um mala. Com mala não vale viajar nem cinco minutos...



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