ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O século 21 corre solto, e também correm, cabeça a cabeça, os fabricantes de consoles de game, com tecnologia de ponta e cada vez menores.
A Sony anunciou, no ano passado, o seu game portátil, o PSP. "É o walkman do século 21", diz o guru do Playstation, Ken Kutaragi.
A maquininha promete rodar games, música e filmes. A Microsoft já avisou que também vai lançar o seu brinquedo cheio de funções.
A Nintendo, diziam os especialistas, começava a cavar a cova. Mas a coisa não é tão simples assim, especialmente quando se trata da mais velha das três donas do pedaço.
Enquanto Sony e Bill Gates incrementam seus aparelhos e, conseqüentemente, seus custos, os japoneses da Nintendo foram na direção oposta.
Contei aqui: em outubro, baixaram o preço do GameCube para US$ 80. O resultado óbvio para leigos e surpreendente para os economistas: um aumento de 70% nas vendas em relação a 2002.
E a turma do Super Mario não parou por aí. Anunciam agora que vão lançar mais um game portátil, o Nintendo DS.
A aposta é na simplicidade. O portátil terá duas telas LCD e, segundo a companhia, "uma nova jogabilidade, muito simples e absolutamente divertida".
Analistas econômicos fazem as apostas. A Nintendo tem até março para convencer os investidores do novo projeto. Se conseguir, a briga pelo reinado dos consoles promete ser o ponto mais emocionante no mundo dos games em 2004.