São Paulo, segunda-feira, 02 de abril de 2007

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música

A volta após o sucesso

Divulgação
Os americanos Linkin Park, Maroon 5 e Chris Cornell e a banda inglesa Kaiser Chiefs revelaram para o Folhateen as últimas novidades de suas carreiras; nesta e nas quatro páginas seguintes, eles antecipam o que você vai ouvir em seus novos CDs

TETÉ RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM LOS ANGELES

Dias antes do lançamento mundial de "It Won't Be Soon Before Long", segundo álbum da banda californiana Maroon 5, Adam Levine, o vocalista e letrista do quinteto (de paletó branco na foto), e o baixista Mickey Madden falaram com a reportagem do Folhateen.
Os caras estão com tudo. Para você ter uma idéia do poder desses caras, eles foram convidados para abrir o show do trio The Police em Miami, em julho, com a bênção de Sting.
Até chegar a esse sucesso, o Maroon 5 teve uma escalada atípica. O primeiro álbum da banda, "Songs About Jane", foi lançado em junho de 2002, mas só chegou ao topo da lista da "Billboard" no final de 2004.
No ano seguinte, a banda ganhou dois Grammy e vendeu mais de 10 milhões de CDs.
A seguir trechos do papo.

 

FOLHA - A vida de uma banda de sucesso é como vocês imaginavam?
ADAM LEVINE
- Não é só festa com mulheres peladas e muitas drogas, como muita gente pensa. Mas é bem divertido.
MICKEY MADDEN- A gente sabe que tem muita sorte de fazer sucesso. A gente toca junto desde a adolescência, então consegue se comunicar com o olhar. E é muito legal ter seus melhores amigos por perto na hora que a vida muda radicalmente.

FOLHA - Tudo isso não fez vocês se sentirem pressionados na hora de fazer o segundo álbum?
ADAM
- Fez, é claro, mas não tem como pensar nisso na hora de trabalhar, senão não sai nada. Mas vou ficar muito chateado se o disco não fizer sucesso.
MICKEY - Mas o sucesso do primeiro disco também fez a gente acreditar mais no nosso potencial, então entramos no estúdio mais confiantes. A pressão pode virar uma grande inspiração.

FOLHA - Por que vocês demoraram tantos anos pra fazer o segundo CD?
MICKEY
- O primeiro CD não fez sucesso logo de cara, levou mais ou menos um ano e meio para as músicas começarem a aparecer e para a gente virar de fato uma banda de sucesso. E só depois disso é que começamos a fazer a turnê. Aí, quando finalmente voltamos para casa, começamos a trabalhar no disco.

FOLHA - Como definem o novo CD?
ADAM
- As letras estão mais bem escritas, meu jeito de cantar melhorou, os arranjos estão mais bonitos, os músicos estão melhores. E é mais sexy e dark.

FOLHA - As letras são pessoais e muitas vezes muito descritivas. Elas são baseadas em experiências reais?
ADAM
- São. Eu não sou muito criativo. Escrevo exatamente o que sinto ou o que aconteceu comigo em uma situação, na hora em que acontece. É quase um diário, mas sem nomes.

FOLHA - Vocês já abriram shows dos Rolling Stones e agora vão abrir para o The Police em Miami. Essas bandas influenciaram vocês?
ADAM
- Essas são as duas maiores influências das nossas vidas. Acho que aprendi a cantar de tanto imitar o Sting.

FOLHA - Vocês conseguem se imaginar tendo uma carreira tão longa quanto a dos Rolling Stones?
ADAM
- Não, e não entendo por que eles continuam. Deve ser muito medo de cair na obscuridade. Eu não consigo me imaginar fazendo a mesma coisa por tantos anos. Acho que eles só querem ganhar dinheiro.


A jornalista TETÉ RIBEIRO viajou a Los Angeles a convite da gravadora Arsenal Music.


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