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música
A volta após o sucesso
Divulgação
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Os americanos Linkin Park, Maroon
5 e Chris Cornell e a banda inglesa Kaiser Chiefs revelaram para
o Folhateen as últimas novidades de suas carreiras; nesta e nas quatro páginas seguintes, eles antecipam o que você vai ouvir em seus novos CDs
TETÉ RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM LOS ANGELES
Dias antes do lançamento mundial de
"It Won't Be Soon
Before Long", segundo álbum da
banda californiana Maroon 5,
Adam Levine, o vocalista e letrista do quinteto (de paletó
branco na foto), e o baixista
Mickey Madden falaram com a
reportagem do Folhateen.
Os caras estão com tudo. Para você ter uma idéia do poder
desses caras, eles foram convidados para abrir o show do trio
The Police em Miami, em julho, com a bênção de Sting.
Até chegar a esse sucesso, o
Maroon 5 teve uma escalada
atípica. O primeiro álbum da
banda, "Songs About Jane", foi
lançado em junho de 2002,
mas só chegou ao topo da lista
da "Billboard" no final de 2004.
No ano seguinte, a banda ganhou dois Grammy e vendeu
mais de 10 milhões de CDs.
A seguir trechos do papo.
FOLHA - A vida de uma banda de
sucesso é como vocês imaginavam?
ADAM LEVINE - Não é só festa
com mulheres peladas e muitas
drogas, como muita gente pensa. Mas é bem divertido.
MICKEY MADDEN- A gente sabe
que tem muita sorte de fazer
sucesso. A gente toca junto desde a adolescência, então consegue se comunicar com o olhar.
E é muito legal ter seus melhores amigos por perto na hora
que a vida muda radicalmente.
FOLHA - Tudo isso não fez vocês se
sentirem pressionados na hora de
fazer o segundo álbum?
ADAM - Fez, é claro, mas não
tem como pensar nisso na hora
de trabalhar, senão não sai nada. Mas vou ficar muito chateado se o disco não fizer sucesso.
MICKEY - Mas o sucesso do primeiro disco também fez a gente
acreditar mais no nosso potencial, então entramos no estúdio
mais confiantes. A pressão pode virar uma grande inspiração.
FOLHA - Por que vocês demoraram
tantos anos pra fazer o segundo CD?
MICKEY - O primeiro CD não fez
sucesso logo de cara, levou mais
ou menos um ano e meio para
as músicas começarem a aparecer e para a gente virar de fato
uma banda de sucesso. E só depois disso é que começamos a
fazer a turnê. Aí, quando finalmente voltamos para casa, começamos a trabalhar no disco.
FOLHA - Como definem o novo CD?
ADAM - As letras estão mais
bem escritas, meu jeito de cantar melhorou, os arranjos estão
mais bonitos, os músicos estão
melhores. E é mais sexy e dark.
FOLHA - As letras são pessoais e
muitas vezes muito descritivas. Elas
são baseadas em experiências reais?
ADAM - São. Eu não sou muito
criativo. Escrevo exatamente o
que sinto ou o que aconteceu
comigo em uma situação, na
hora em que acontece. É quase
um diário, mas sem nomes.
FOLHA - Vocês já abriram shows
dos Rolling Stones e agora vão abrir
para o The Police em Miami. Essas
bandas influenciaram vocês?
ADAM - Essas são as duas maiores influências das nossas vidas. Acho que aprendi a cantar
de tanto imitar o Sting.
FOLHA - Vocês conseguem se imaginar tendo uma carreira tão longa
quanto a dos Rolling Stones?
ADAM - Não, e não entendo por
que eles continuam. Deve ser
muito medo de cair na obscuridade. Eu não consigo me imaginar fazendo a mesma coisa por
tantos anos. Acho que eles só
querem ganhar dinheiro.
A jornalista TETÉ RIBEIRO viajou a Los Angeles
a convite da gravadora Arsenal Music.
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