São Paulo, segunda-feira, 02 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

NOVOS EM FOLHA

QUATRO CDS: CONFIRA OS LANÇAMENTOS QUE CHEGARAM À REDAÇÃO DO FOLHATEEN

POP
NIGHT WORK
Scissor Sisters
GRAVADORA Universal
QUANTO R$ 26, em média
AVALIAÇÃO     

Vontade de dançar é o que não falta quando se ouve o lançamento da banda colorida nova-iorquina Scissor Sisters. Perfeito para quem gosta de seduzir na pista, com uma pegada bem mais sexy do que a alegria do último grande hit deles, "I Don't Feel Like Dancing".
A música que dá nome ao álbum, "Night Work", é dançante na medida para abrir o disco lançado quatro anos depois de "Tah-Dah" (2006). As canções evoluem até chegarem na épica "Invisible Light", que fecha o trabalho com a participação de Ian McKellen. O ator inglês (e gay assumido) é o responsável por dar vida ao mago Gandalf na versão de "O Senhor dos Anéis" para o cinema. Na faixa que encerra o álbum, ele recita versos em tom profético, convocando os personagens da letra para uma "luz invisível".
(ELISANGELA ROXO)

RAP
RECOVERY
Eminem
GRAVADORA Universal
QUANTO R$ 26, em média
AVALIAÇÃO    

Marshall Bruce Mathers 3 está se recuperando de uma fase "trevas". E "Recovery" é o divã em que ele desabafa sobre a crise que ofuscou a época de ouro de "The Slim Shady LP" (1999). Os dois últimos discos do rapper foram um fracasso, cheios de provocações baratas.
Passou. Mas ainda dá preguiça de ouvi-lo catando os cacos do passado: ele cita Mariah Carey na faixa de abertura. Na seguinte, ele confessa que, por pouco, não humilhou Lil Wayne. Pois bem, uma das parcerias do disco, "No Love", é com o próprio. Nessa música, ele usou um "sample" de "What Is Love", hit dos anos 90. Rihanna e Pink assinam outras parcerias que, aliás, foram os maiores acertos do sétimo álbum de estúdio de Eminem, produzido por Dr. Dre. Se vai dar certo? Bom, o cara está nas paradas. (MM)

ROCK
UNITED NATIONS OF SOUND
RPA & The United Nations of Sound
GRAVADORA EMI
QUANTO R$ 25,90
AVALIAÇÃO  

RPA é a abreviação de Richard Paul Ashcroft, vocalista da extinta banda inglesa The Verve, chamado por Chris Martin (Coldplay) de "a voz mais linda do mundo" e dono de canções clássicas e poderosas, como "Bitter Sweet Simphony" e "Sonnet". Nesse trabalho solo, no entanto, Ashcroft perde tudo aquilo que tinha de interessante: a profundidade simples e a bela voz. Em letras messiânicas, como no single "Are You Ready?", a voz se perde. Quando arrisca cantar melhor, caso de "This Thing Called Life", a banda não acompanha o ritmo. "Beatitudes" é constrangedora, com vocal forçado e uma letra horrorosa. Apesar do título meio infame, "How Deep Is Your Man?" é a melhor do álbum, com levada meio blues. "She Brings Me the Music" é uma baladinha bonita também. (ICT)

POP
BIONIC
Christina Aguilera
GRAVADORA Sony
QUANTO R$ 21,90
AVALIAÇÃO  

Christina Aguilera, louvada pela potência vocal, gravou um novo CD. Iupi! Pena que ela se esqueceu de um detalhe: cantar. Em algumas faixas, a voz dela se perde em meio aos sons eletrônicos que fazem parte da proposta futurística e pop do álbum.
O resultado, em canções como "Bionic" e "Woohoo", é barulhento como uma britadeira na frente da escola. Durante a aula de matemática.
A proposta era se reinventar. Mas dá saudades de hits como "Genie in a Bottle" e "Beautiful".
Quem senta falta dessa época pode curtir "Desnudate", com frases em espanhol. Em faixas como "Glam" e "Prima Donna", a voz de Christina volta a soar alta e salva o CD de ser péssimo.
A letra de "Bionic" sugere, provocativa: "Esse é o momento em que eu tomo conta da sua mente". Mas não foi dessa vez, Xtina.
(DIOGO BERCITO)


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Escuta aqui - Álvaro Pereira Júnior: Indie estatal mata o "do it yourself"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.