São Paulo, segunda-feira, 02 de novembro de 2009

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SEXO & SAÚDE

Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br

Vacine-se contra o HPV

Em outubro, o FDA (órgão do governo americano que regulamenta os medicamentos que podem ser vendidos nos EUA) aprovou também para garotos o uso de uma vacina que previne o vírus HPV.
Só para refrescar a memória: há alguns anos, essa vacina já é recomendada para garotas de nove a 26 anos, que devem receber as aplicações, de preferência, antes do início da sua vida sexual.
Para quem não sabe, o HPV é hoje o principal agente causador de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e sua família compreende quase cem subtipos de vírus. Alguns deles são responsáveis pelo aparecimento de verrugas e de lesões na região genital que, se não forem tratadas, podem evoluir para alguns tipos de câncer.
As vacinas que existem hoje para o HPV ajudam a prevenir alguns dos tipos mais "agressivos" do vírus, aqueles que trazem risco maior de produzir um câncer.
O câncer de colo de útero (um dos tipos mais comuns entre as mulheres) tem relação, na maioria das vezes, com uma infecção pelo vírus HPV que não foi tratada.
É exatamente para prevenir o desenvolvimento desse câncer que toda mulher que tem vida sexual ativa deve fazer, pelo menos uma vez por ano, uma visita ao seu ginecologista. É nesse momento que o médico realiza o exame de papanicolau e a colposcopia (que ajudam a fazer o diagnóstico de lesões). A aprovação da vacina do HPV para o uso em homens deve ajudar na prevenção de alguns tipos de câncer em pênis, ânus e reto e, por tabela, diminuir as infecções pelo HPV em mulheres.
Só para você ter uma ideia do tamanho do problema, os pesquisadores avaliam, hoje, que quase a metade das garotas que iniciam sua vida sexual vai se infectar com o vírus já nos primeiros anos de atividade. Nove em cada dez delas conseguem "se livrar" do HPV por conta própria, mas 10% vão ficar com o vírus em seu organismo.
Apesar de a vacina ainda ser nova, de poder causar alguns efeitos colaterais leves e de só estar disponível na rede particular (são necessárias três doses), ela poderá ser (aliada ao uso da camisinha e aos controles periódicos com o médico) um recurso importante na prevenção dessa DST e de alguns tipos de câncer em homens e em mulheres. Converse com seu médico a respeito!


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