São Paulo, segunda-feira, 02 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TECNOLOGIA

Mptudo

Baratos e cheios de recursos, os "hi-phones" podem ser uma furada

GUILHERME ASSIS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

MP10? MP12? MP15? Difícil enxergar os limites dos chamados "hi-phones", os celulares (em geral, chineses) que se proliferam no país, com ainda mais recursos do que os aparelhos que tentam imitar, como o Blackberry e o iPhone.
De rádio FM a câmera digital, passando pela capacidade de funcionar com chips de várias operadoras, esses celulares são facilmente encontrados em lojas de eletrônicos.
Mas a lista de cuidados a serem tomados é proporcional à de recursos de que eles dispõem. O primeiro é pedir nota fiscal. Sim, dá pra encontrar modelos que não são contrabandeados e não ferem leis de patentes. Quem compra artigos piratas comete crime contra propriedade intelectual.
OK, você comprou um aparelho dentro da lei. Ainda assim, há riscos difíceis de mensurar. Muitos "hi-phones", fabricados com controle de qualidade duvidoso, dão logo problema e se tornam um mico na mão do comprador. Exigir garantia é fundamental.

Palavra dos consumidores
Para as amigas Jamille Pires, 20, e Juliana Lopes, 22, estudantes de direito, os aparelhos representam uma vantagem marcante em relação aos celulares tradicionais.
"Uso um modelo que tem câmera de vídeo, internet e dois chips", diz Jamille, que há quatro meses adquiriu um modelo "mini" por R$ 320.
A bacharel em direito Vitória Alfieri Perracini, 23, também se empolgou ao comprar o seu. Há dois meses, após o roubo de seu iPhone, ela optou por um modelo mais barato, mas a experiência foi decepcionante. "Já nem mexo nele. Prefiro agora guardar dinheiro para comprar um melhor", diz.
"A configuração é complicada. Achei que o recurso "touchscreen" seria fácil de usar, mas os espaços [entre as teclas virtuais do visor] são pequenos e, conforme você digita rápido, sai tudo errado."
Há outras falhas comuns (veja ao lado), como a dificuldade de localizar redes "wi-fi".
Ainda assim, o sucesso dos "hi-phones" é fácil de entender. Enquanto um "smartphone" de marca famosa pode custar até R$ 3.000, os modelos mais avançados desses genéricos ficam na casa dos R$ 450.


Texto Anterior: Internets - Ronaldo Lemos: Meganicho
Próximo Texto: Sexo & saúde - Jairo Bouer: Vacine-se contra o HPV
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.