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Complicações podem ser de alta gravidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguns dos procedimentos
mais procurados pelos jovens
podem ter complicações bastante graves, segundo a cirurgiã
plástica Cláudia Nunes Machado, diretora da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
(SBCP) em São Paulo.
Nas intervenções no rosto,
pode haver acúmulo de líquidos e deformidades. Na barriga,
além de irregularidades na pele, pode haver necrose (morte
das células do tecido).
Já nas famosas próteses de
silicone, uma das complicações
possíveis é a diferença de tamanho entre as duas mamas. Tudo
isso só pode ser resolvido com
outra cirurgia.
Outras operações podem não
ter efeito, simplesmente, como
acontece às vezes nas de nariz.
Para diminuir os riscos, Sebastião Guerra, presidente da
SBPC, aconselha procurar cirurgiões membros da entidade.
"Muitos dos casos de morte
de que temos notícia acontecem porque as pessoas operam
com médicos que não são especialistas", diz Guerra.
E ainda assim, sempre haverá riscos, como o de infecções
hospitalares, morte por choque
anafilático (alergia à anestesia)
ou queloides (veja arte ao lado).
Nem sempre o médico indicado para resolver um problema de "aparência" é um cirurgião plástico, e sim um psicólogo ou psiquiatra.
"O transtorno dismórfico
corporal caracteriza-se pela
percepção de um defeito inexistente ou pequeno, nunca na
magnitude vista pela pessoa.
Ela acaba recorrendo a várias
cirurgias plásticas e nunca está
satisfeita", diz Táki Cordás, do
Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo.
(TA)
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