Sexo com proteção

"Camisinha protege mesmo contra todas as DSTs? Li uma reportagem recente que diz que ela não tem tanto efeito contra herpes genital! É verdade?" "Recebi sexo oral sem camisinha na semana passada. Qual a chance de uma DST? Qual a diferença, quanto ao risco, de receber sexo oral e de dar um beijo de língua?" Nesta semana a coluna volta à tradição de responder a dúvidas de leitores, e o tema que mais apareceu por aqui neste mês foi a questão da prevenção das DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).
Um estudo recente apontou que a camisinha oferece proteção apenas parcial contra herpes genital. A explicação é simples: as lesões causadas pelo vírus da herpes podem estar fora da área de cobertura do preservativo, o que faz com que a doença possa ser transmitida.
Essa mesma explicação vale para o caso de uma verruga causada pelo vírus HPV, que também pode estar fora da área de proteção da camisinha, como na virilha ou na coxa. Nesse caso, durante o ato sexual, o vírus pode passar adiante pelo atrito da lesão com a pele do outro.
De qualquer maneira, é lógico que usar camisinha oferece maior proteção do que não usar nenhum tipo de cuidado, e o uso regular e constante do preservativo diminui muito as chances de alguém se contaminar com uma DST. Mas a proteção não é total, já que as lesões podem estar fora do alcance do preservativo.
Quanto ao sexo oral, ele oferece maior risco do que um beijo de língua porque a pessoa que o pratica entra em contato com mais secreções do que apenas com a saliva trocada em um beijo. Assim, por exemplo, um garoto que pratica sexo oral em uma garota entra em contato com as secreções vaginais, que podem ter mais agentes causadores de DST do que apenas a saliva. O mesmo vale para a garota que pratica sexo oral em um garoto.
No caso de a pessoa receber sexo oral, o risco é bem menor, já que seu pênis ou sua vagina está entrando em contato apenas com a boca de quem está praticando. De qualquer maneira, é bom lembrar que mesmo um beijo pode transmitir herpes e mononucleose, entre outras doenças. Ou seja, no amor e no sexo, não existe um comportamento 100% seguro. Mas, sem dúvida, existem formas de reduzir os riscos e a camisinha é uma delas!


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