|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CINEMA
Adaptação do desenho e da HQ "Quarteto Fantástico" para
a telona erra ao dar personalidades fortes aos personagens
Heróis por acaso
DA REPORTAGEM LOCAL
Má notícia para quem se animou
com o trailer e está ansioso para
assistir ao filme. Pior ainda para
quem acha que vai ver no corpo de atores
os personagens do desenho animado e do
quadrinho da Marvel, criado há 44 anos.
Aparentemente tudo é parecido com o
antigo "Quarteto Fantástico" da TV e das
HQs, mas, no filme que estréia quinta, Sr.
Fantástico, Mulher Invisível, Tocha Humana e O Coisa ganham personalidades fortes
-e chatas-, que tomam boa parte do
tempo que poderia ser usado para a ação.
No final, dá a sensação de que o trailer
traz tudo o que há de melhor em "Quarteto
Fantástico", ou seja, as cenas de ação, e não
há coisa mais irritante que isso quando você espera ver muito mais dos superpoderes
desses heróis contra o vilão Dr. Destino.
No filme, a transformação de dois pilotos,
dois cientistas e um bilionário em quatro
super-heróis e um vilão até que vai bem:
numa estação espacial, o dr. Reed Richards
tenta achar a cura para o câncer, observando de perto os efeitos de um fenômeno cósmico. Porém algo dá errado e todos são expostos a um estranho tipo de radiação.
A dra. Sue Storm passa a ficar invisível e
controla um estranho escudo protetor; seu
irmão, o piloto Johnny, consegue manipular o fogo e deixar o corpo em chamas; o co-piloto Ben se transforma em uma criatura
de pedra; e o cientista brilhante e ingênuo
Reed Richards, uma verdadeira decepção
para quem esperava um líder determinado,
passa a ter o corpo elástico.
O magnata Victor von Doom, falido com
o fracasso da expedição, começa a ter seu
corpo transformado em um metal estranho e tem o poder de controlar energia,
mas o vilão acaba sendo pouco explorado
uma vez que, para mostrar os dramas de
quatro heróis por acaso, perde-se tempo.
O destaque do filme fica justamente para
quem muitas vezes nem aparece: a atriz Jessica Alba, que faz a Mulher Invisível e que
em breve estará nos cinemas daqui com outra adaptação de HQs, o aclamado "Sin
City". Talvez seja o caso de esperar para vê-la em ação na pele de uma "stripper". Isso,
sim, deve ser fantástico. E não precisamos
de um quarteto.
(LEANDRO FORTINO)
Texto Anterior: Sexo & saúde - Jairo Bouer: Broxar não é o fim do mundo Próximo Texto: Escuta aqui - Álvaro Pereira Júnior: Rock e olho roxo Índice
|