|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sexo & Saúde
Jairo Bouer - @ - jbouer@uol.com.br
Uma vacina e sete recados
NA ÚLTIMA semana foi aprovada aqui no
Brasil a vacina que pode proteger as
garotas contra o vírus HPV (papilomavírus humano). Muitas pesquisas
indicam que o HPV é hoje um dos principais causadores de doenças sexualmente transmissíveis em
boa parte do mundo. Estima-se que, no Brasil,
20% das mulheres que
têm vida sexual ativa
vão ser contaminadas
por esse vírus.
A família do HPV é
grande. São vários subtipos, alguns mais relacionados ao aparecimento de lesões em forma de verruga na
região genital ("crista de galo" ou condiloma acuminado) e outros mais ligados ao
aparecimento do câncer de
colo de útero, um dos tipos que mais mata mulheres.
A nova vacina promete prevenir principalmente contra
o câncer causado pelos tipos mais agressivos de HPV
(quatro deles no total), mas parece oferecer também proteção contra algumas formas de verrugas genitais.
A nova vacina, que já está sendo usada nos EUA há alguns meses, deve ser tomada em três doses. O ideal é que
essa aplicação seja feita antes do início da vida sexual,
quando as garotas ainda não entraram em contato com os
vírus. Dessa forma, a chance de proteção é maior. Na pesquisa, garotas de 9 a 26 anos receberam a vacina.
Mas mulheres que já tiveram relações sexuais também
podem. Seria boa idéia que uma vacina desse tipo fosse
oferecida a toda a população feminina jovem do país e não
só a quem possa pagar.
Recados:
1 Qualquer lesão que aparece na região do pênis ou da
vagina precisa ser vista pelo médico.
2 Se a lesão lembrar uma verruga, há chance de ela ser
causada pelo HPV.
3 Muitas lesões provocadas pelo HPV são invisíveis a
olho nu. Por isso, toda garota que tem vida sexual ativa
deve fazer, pelo menos uma vez por ano, avaliação com o
ginecologista (exame de colposcopia e o papanicolaou)
4 A camisinha protege contra o HPV, mas se a lesão estiver fora da área de cobertura (por exemplo, na coxa ou
no saco escrotal), há risco de transmissão.
5 Não compartilhe objetos de uso íntimo (calcinha,
cueca, toalhas) com outras pessoas.
6 No namoro, se um dos dois está com HPV, o outro
também precisa passar por avaliação médica.
7 Quem já teve HPV e tratou a lesão precisa fazer
acompanhamento com o médico, já que um vírus desse
tipo pode voltar a se manifestar.
Texto Anterior: Baladas legais Próximo Texto: Cinema: Lendas urbanas Índice
|