São Paulo, segunda-feira, 04 de setembro de 2006

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cinema

Lendas urbanas

Diretor de "O Sexto Sentido" volta com história de mulher fantasma na piscina; cuidado na próxima vez que for nadar

JOÃO PAPA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

M. Night Shyamalan é um cara engraçado. Ele dirigiu "O Sexto Sentido", estourou como um dos grandes em Hollywood e fez seu nome no terror. Desde então, só fez filmes dramáticos com pontadinhas de terror e parece que o público ainda não percebeu qual é a dele.
A "Dama na Água" nem bem saiu e todo mundo já está falando mal. O problema é que a do cara não é tanto fazer filmes de terror. Para assustar, o filme não presta mesmo. Passa longe, na verdade (com exceção de um ou outro momentinho).
O filme é... como se diz? "Um drama sobre a transformação do homem e a busca da identidade". Ok, ok: é sobre o zelador de um predinho que descobre o fantasma de uma moça, uma espécie de ninfa, na piscina.
Ela diz que está sendo perseguida por seres ferozes e ele resolve ajudá-la. Meio longe do que se espera de um gênio do terror, certo?
Se Shyamalan não definir direito seu público rapidinho (nos comerciais de TV, o filme está sendo vendido como "terror"), vai acabar sem audiência.
Como drama "A Dama na Água" é bom, apesar de o roteiro dar umas belas viajadas. Mas é uma obra emocionante, vindo de um diretor cujo nome foi feito com um dos filmes mais perturbadores de Hollywood.


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