São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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Tocando para fora

SINFÔNICA DE HELIÓPOLIS LEVA JOVENS MÚSICOS À PRIMEIRA TURNÊ INTERNACIONAL DA ORQUESTRA

DE SÃO PAULO

Talita Guedes, 16, toca contrabaixo por obra do acaso. Ela queria mesmo era soprar a trompa, mas foi ao teste de aptidão errado.
"Cheguei à sala e me assustei com o tamanho do instrumento! Comecei a puxar as cordas. Disseram que eu levava jeito", conta.
Talita embarcou na semana passada para a Alemanha, na primeira turnê internacional da Sinfônica de Heliópolis, de que faz parte há mais de três anos, quando segurou o contrabaixo pela primeira vez.
A orquestra faz parte do Instituto Baccarelli e ensaia em Heliópolis, bairro de baixa renda no sudeste da capital paulista.
O projeto atrai moradores do entorno pela possibilidade de carreira artística e pelo auxílio financeiro. As bolsas são de até R$ 1.200 mensais.
São 75 integrantes, no total. Além do som do contrabaixo e da trompa, há flautas transversais e violoncelos, entre outros instrumentos.
Há também o agudo do violino de Andrezza Guimarães, 17, que começou no instituto há três anos -mas aprendeu a tocar ainda criança na igreja que frequenta.
Para Andrezza, que nunca saiu do país, a turnê é "a recompensa do esforço, do cansaço e das dificuldades".
A virtude na música, afinal, é resultado da ressonância de horas de treino com uma boa dose de disciplina.
"Quando o maestro está na sala, temos de desempenhar nosso papel, que é tocar", explica Talita. "Quando ele não está, é "de boa"."
A Sinfônica de Heliópolis deve tocar dez músicas no exterior, incluindo a inédita "Cidade do Sol" -cujo título é, aliás, a tradução do grego "Heliópolis". (DIOGO BERCITO)


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