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Tocando para fora
SINFÔNICA DE HELIÓPOLIS LEVA JOVENS MÚSICOS À PRIMEIRA TURNÊ INTERNACIONAL DA ORQUESTRA
DE SÃO PAULO
Talita Guedes, 16, toca
contrabaixo por obra do acaso. Ela queria mesmo era soprar a trompa, mas foi ao teste de aptidão errado.
"Cheguei à sala e me assustei com o
tamanho
do instrumento! Comecei a
puxar as
cordas. Disseram que
eu levava jeito", conta.
Talita embarcou
na semana passada
para a Alemanha, na primeira turnê internacional da Sinfônica de Heliópolis, de que
faz parte há mais de três
anos, quando segurou o contrabaixo pela primeira vez.
A orquestra faz parte do
Instituto Baccarelli e ensaia
em Heliópolis, bairro de baixa renda no sudeste da capital paulista.
O projeto atrai moradores
do entorno pela possibilidade de carreira artística e pelo
auxílio financeiro. As bolsas
são de até R$ 1.200 mensais.
São 75 integrantes, no total. Além do som do contrabaixo e da trompa, há flautas
transversais e violoncelos,
entre outros instrumentos.
Há também o agudo do
violino de Andrezza Guimarães, 17, que começou no instituto há três anos -mas
aprendeu a tocar ainda criança na igreja que frequenta.
Para Andrezza, que nunca
saiu do país, a turnê é "a recompensa do esforço, do cansaço e das dificuldades".
A virtude na música, afinal, é resultado da ressonância de horas de treino com
uma boa dose de disciplina.
"Quando o maestro está na
sala, temos de desempenhar
nosso papel, que é tocar", explica Talita. "Quando ele não
está, é "de boa"."
A Sinfônica de Heliópolis
deve tocar dez músicas no exterior, incluindo a inédita "Cidade do Sol" -cujo título é,
aliás, a tradução do grego
"Heliópolis".
(DIOGO BERCITO)
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