São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TV

Os melhores piores

>>Conheça Dave, que estourou na internet com os desclassificados de "American Idol'

DÉBORA YURI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Enquanto um país inteiro vota nos "melhores", com o objetivo de coroar "o melhor", o que ele conseguiu? Reunir gente para votar nos "piores". E, com essa rede subversiva de votos, bagunçar a disputa proposta por "American Idol", o programa de TV mais assistido dos EUA.
"Era preciso criar um contraponto, porque muita gente leva "American Idol" a sério, e quem faz isso é ridículo. Nós apenas ventilamos ideias diferentes e damos espaço para o humor e o sarcasmo", disse em entrevista ao Folhateen Dave Della Terza, 26, o criador do site Vote for the Worst (www.votefortheworst.com) -"Vote no pior".
Desde 2004, o site lança campanhas pela permanência em "Idol" dos candidatos não necessariamente "piores", mas que irritam jurados e público "comum". A ideia é manter no programa quem o programa não quer manter. Tudo começou como brincadeira, lembra Dave, que tinha 22 anos e era membro de um fórum que espinafrava o povo de "Survivor".
"Todo mundo gostava dos candidatos que cantavam mal e batiam boca com os jurados. Quando começou a terceira temporada, decidi criar um site para reunir essa turma, com a ideia de votarmos no pior a cada semana. Achava que teria só cem visitas, e não milhões."
O Vote for the Worst e seu mentor ficaram famosos nos EUA -o rapaz chegou a ser entrevistado por David Letterman. Mas o estopim do sucesso foi um candidato emblematicamente "pior", tão ruim que era bom: Sanjaya Malakar. "Ele trouxe o público médio até a gente. Com o Sanjaya as pessoas passaram a nos comentar em casa", diz Dave, que odeia acima de tudo os "idols" Chris Daughtry e Jordin Sparks.


Texto Anterior: Sexo & Saúde - Jairo Bouer: Projeto verão
Próximo Texto: 02 Neurônio: Listas de resoluções e culpa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.