São Paulo, segunda-feira, 05 de março de 2007

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quadrinhos

2ª edição da Comic Con, em NY, reúne 40 mil pessoas loucas por HQs

RICARDO MORENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM NOVA YORK

Coelhinha da "Playboy" americana em novembro de 1998, Tiffany Taylor, 29, bem que tentou chamar a atenção dos milhares de visitantes que passaram pela segunda edição da New York Comic Con, entre 23 e 25 de fevereiro.
Mesmo com um decotão, minissaia e muita maquiagem, ela não conseguiu fazer com que o público parasse de babar pelos wolverines, surfistas prateados, harry potters e darth vaders que zanzavam pelos três andares do Jacob Jarvis Center, em Nova York. Dos 307 estandes, o de Tiffany era o mais vazio. Ou melhor, o único vazio. Tanto que ela nem voltou para o encerramento do evento, no domingo.
Apesar do pouco tempo de vida, a NYCC já se tornou uma das maiores e mais concorridas feiras de quadrinhos do mundo. Cerca de 40 mil pessoas passaram pelo local durante os três dias, a maioria atraída por pelos 140 artistas, gente como Bill Sienkiewicz, Carmine Infantino, David Spurlock e Rich Buckler.
Os encontros mais concorridos ficaram por conta do desenhista George Pérez, responsável pela "Crise nas Infinitas Terras", e do genial Stan Lee, criador de Homem-Aranha, Incrível Hulk, Quarteto Fantástico e muitos outros.
Aos 84, Lee não parou no tempo. Fundou há dois anos a POW! Entertainment, uma empresa multimídia que trabalha, principalmente, com a criação de desenhos animados para DVD.
"Acabamos de lançar "Mosaic", história de uma adolescente com superpoderes. No próximo mês chega às lojas "Condor", no qual o super-herói é um garoto latino-americano", contou o pai dos heróis Marvel ao Folhateen.
E, ainda para o primeiro semestre, Lee promete um novo projeto tão bizarro quanto seu "reality show" "Who Wants to Be a Superhero?" (quem quer ser um super-herói?, em exibição no canal pago Sony, às 22h de terça). Trata-se de "Ringo", uma comédia musical com a voz e a música do ex-beatle Ringo Starr.
É curioso andar pelos corredores de uma feira que trata, basicamente, de HQs, e quase não topar com crianças. Também, que adolescente tem US$ 40 (cerca de R$ 100) na carteira para comprar um tíquete de entrada?
A média de idade dos presentes girava entre 25 e 35 anos, muitos deles colecionadores dispostos a pagar até US $ 2.000 por um gibi do Shazam de 1940.
Em tempo: a ex-coelhinha Tiffany Taylor cobrava US$ 5 para tirar uma fotografia. Se fosse autografada, o valor subia para US$ 15. Fã de quadrinhos pode ser nerd, mas não é bobo, não...


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