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quadrinhos
2ª edição da Comic Con, em NY, reúne 40 mil pessoas loucas por HQs
RICARDO MORENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM NOVA YORK
Coelhinha da "Playboy" americana em
novembro de 1998,
Tiffany Taylor, 29,
bem que tentou
chamar a atenção dos milhares de visitantes que passaram
pela segunda edição da New
York Comic Con, entre 23 e 25
de fevereiro.
Mesmo com um decotão,
minissaia e muita maquiagem,
ela não conseguiu fazer com
que o público parasse de babar
pelos wolverines, surfistas
prateados, harry potters e
darth vaders que zanzavam
pelos três andares do Jacob
Jarvis Center, em Nova York.
Dos 307 estandes, o de Tiffany
era o mais vazio. Ou melhor, o
único vazio. Tanto que ela
nem voltou para o encerramento do evento, no domingo.
Apesar do pouco tempo de
vida, a NYCC já se tornou uma
das maiores e mais concorridas feiras de quadrinhos do
mundo. Cerca de 40 mil pessoas passaram pelo local durante os três dias, a maioria
atraída por pelos 140 artistas,
gente como Bill Sienkiewicz,
Carmine Infantino, David
Spurlock e Rich Buckler.
Os encontros mais concorridos ficaram por conta do desenhista George Pérez, responsável pela "Crise nas Infinitas
Terras", e do genial Stan Lee,
criador de Homem-Aranha,
Incrível Hulk, Quarteto Fantástico e muitos outros.
Aos 84, Lee não parou no
tempo. Fundou há dois anos a
POW! Entertainment, uma
empresa multimídia que trabalha, principalmente, com a
criação de desenhos animados
para DVD.
"Acabamos de lançar "Mosaic", história de uma adolescente com superpoderes. No
próximo mês chega às lojas
"Condor", no qual o super-herói é um garoto latino-americano", contou o pai dos heróis
Marvel ao Folhateen.
E, ainda para o primeiro semestre, Lee promete um novo
projeto tão bizarro quanto seu
"reality show" "Who Wants to
Be a Superhero?" (quem quer
ser um super-herói?, em exibição no canal pago Sony, às
22h de terça). Trata-se de
"Ringo", uma comédia musical
com a voz e a música do ex-beatle Ringo Starr.
É curioso andar pelos corredores de uma feira que trata,
basicamente, de HQs, e quase
não topar com crianças. Também, que adolescente tem
US$ 40 (cerca de R$ 100) na
carteira para comprar um tíquete de entrada?
A média de idade dos presentes girava entre 25 e 35
anos, muitos deles colecionadores dispostos a pagar até US
$ 2.000 por um gibi do Shazam de 1940.
Em tempo: a ex-coelhinha
Tiffany Taylor cobrava US$ 5
para tirar uma fotografia. Se
fosse autografada, o valor subia para US$ 15. Fã de quadrinhos pode ser nerd, mas não é
bobo, não...
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