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CINEMA
Freddy está de volta
Visitamos o set do novo "A Hora do Pesadelo" e conversamos com Jackie Earle Haley, o novo rosto (queimado) de Krueger
EDUARDO GRAÇA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE CHICAGO
"One, two, Freddy's coming for you"
(Um, dois, o Freddy está vindo te pegar!).
Quem se esquece da musiquinha cantada em voz infantil,
uma canção de ninar às avessas,
e do rosto destruído pelo fogo
de Freddy Krueger?
O primeiro trailer da nona
encarnação de "A Hora do Pesadelo" invadiu a internet e recebeu reações positivas de críticos e fãs de filmes de horror.
O Folhateen visitou o set do
thriller, uma refilmagem do
longa original, que chega aos cinemas brasileiros em 7/5.
No lugar de Robert Englund,
alma e corpo do assassino até
"Freddy vs. Jason", lançado há
sete anos e última sequência da
série, a estrela principal do remake é Jackie Earle Haley.
O ator é conhecido por personagens perturbadores, como
o pedófilo Ronnie, de "Pecados
Íntimos" (pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor ator
coadjuvante), o louco George,
de "Ilha do Medo", e o vingativo Rorschach, de "Watchmen".
E havia alguma escolha melhor para ressuscitar Krueger,
cansado de guerra e de micos
em sequências que beiravam o
ridículo (veja quadro ao lado)?
Não para o produtor do filme, Michael Bay, cuja equipe
foi a responsável pela elogiada
reinvenção, no ano passado, da
franquia "Sexta-Feira 13".
Nem para o diretor de primeira viagem Samuel Bayer,
responsável por vídeos emblemáticos do rock dos anos 90,
como "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana, e "Bullet with
Butterfly Wings", do Smashing
Pumpkins.
"Queria voltar a fazer um
Freddy assustador, que deixasse o público em pânico. Não
queria que ninguém risse de
meu Freddy", conta Bayer.
O diretor, um fã ardoroso do
filme original de Wes Craven,
reclama que as versões mais
pobres transformaram seu vilão favorito em um personagem de comédia vaudeville.
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