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"Ele é mais do que um maluco mascarado", diz novo Krueger
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE CHICAGO (EUA)
No dia em que o Folhateen
conversou com Jackie Earle
Haley, o ator havia passado cinco horas em seu trailer para fazer a maquiagem de Freddy.
O incômodo, incluindo uma
coceira atrás da orelha que o tirava do sério ("Desculpe, mas
está difícil hoje!", brincava), valeu o resultado. A sensação era
de que se conversava com o
próprio Krueger.
"Com o Rorschach ["Watchmen'], podia ao menos tirar a
máscara e ficava clara a separação entre o personagem e o
ator. Com o Freddy, sem querer assustar ninguém, é difícil
pacas!", diz.
"Só agora estou começando a
me acostumar a me olhar no
espelho. Olha só que coisa louca!", conta, ainda deslumbrado
com sua própria aparência.
Segundo ator a encarnar
Krueger em 26 anos, Jackie leu
livros sobre serial killers, visitou manicômios, reviu o original de Craven e chegou à conclusão de que seu personagem
é tão complexo quanto sinistro.
"Mike Myers e Jason, por
exemplo, são divertidos. Já
Freddy é o que sempre me interessou mais, especialmente
por conta de sua história", diz.
"Há todo um passado que será destrinchado neste filme.
Ele sempre foi mais do que um
maluco por trás da máscara.
Guardadas as devidas proporções, ele está para o cinema como Frankenstein está para a literatura", compara.
Agora é manter os olhos bem
abertos e conferir se a comparação do ator é um indício de
que Michael Bay está novamente no caminho certo.
(EG)
O jornalista Eduardo Graça viajou a Chicago a
convite da Warner Bros.
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