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Álvaro Pereira Júnior - cby2k@uol.com.br
Será que o iPad é o papel do século 21?
Estava marcado para sábado passado, nos EUA, o
começo da venda do produto mais hypado do século: o iPad, computador ultrafino e ultraportátil
da Apple. Ele é principalmente um e-reader, isto é, um
treco que serve pra ler jornal, revista, livro etc.
Muitas grandes corporações editoriais olham pro
iPad como última chance de sobrevivência -e capricham em criar versões de seus produtos para essa plataforma. A "Sports Illustrated", maior revista de esportes
dos EUA, é a primeira da fila. A "Wired", ainda hoje modernex, também está nessa.
Detalhe: ambas vão cobrar pelo conteúdo no iPad. Seria um jeito de reverter a armadilha que jornais e revistas criaram para si mesmos ao dar conteúdo grátis na
web. No iPad, acabou a moleza -vão cobrar e garantir
sua sobrevivência (já que em papel não vendem mais e
na web não ganham dinheiro).
Mas será tão simples? Jack Shafer, na revista on-line
"Slate", tira onda. Revistas das antigas tentando se modernizar eletronicamente? Shafer não acredita, e dá um
exemplo demolidor: os esforços enormes que a "Newsweek", segunda maior revista de notícias do mundo, fez
nos anos 90 para criar sua edição em... CD-ROM!
O CD-ROM (pronuncia-se "rôm", não "rum") é um
formato hoje obsoleto, mas que já foi visto como o futuro da indústria editorial.
Schafer cita um outro autor, Pablo Boczkowski (nomaço!), para desanimar de vez o pessoal das revistas.
Diz o cara que o público da web consome informação
fragmentada, faz buscas o tempo todo, não tem interesse em leituras longas e profundas.
Assim, não adianta uma revista migrar com tudo para
o iPad, porque o público que vai encontrar não está interessado no que ela oferece. Bela encrenca.
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