Games são tratados como arte em mostra grátis na av. Paulista

Bruno Fernandes/Folha Imagem

Garoto (calmo) "joga" arte na instalação "BioBodyGame"

DA REPORTAGEM LOCAL

Caso seus pais nunca tenham entendido que jogar videogame é uma arte que exige a sensibilidade de um Monet e a ousadia de um Picasso, leve-os à GamePlay, exposição que pendurou TVs de plasma com 11 jogos na parede e os chamou de obra de arte.
Lá, escolha entre os jogos-arte "Mario Kart Wii" (com controle de volante), "Fifa Street 3" (para jogar contra os amigos) e o bizarro "Katamari Damacy" (faça estrelas juntando uma bola de feltro e vacas).
Pena que só dê para ficar 15 minutos em cada estação. Além dos games, há seis instalações, em que artistas fizeram arte usando telejogos.
Em "World Skin", usa-se uma câmera para fotografar uma guerra, que perde a cor conforme é "capturada". A obra, que o francês Maurice Benayoun fez em 1997, envelheceu bem, como um Atari.
Outra que faz valer a fila (conte com ela) é "BioBodyGame" (2009), de Rachel Zuanon. A obra é um jaleco cheio de lâmpadas e medidores de batimentos cardíacos que se usa para jogar. Conforme sua ansiedade, as luzes mudam de cor e, se a tensão é grande, a roupa faz uma massagem amiga.
"A obra mostra coisas que o videogame faz com você e não dá para ver", conta a artista Rachel. De fato, como a arte, game, só sentindo. (CHICO FELITTI)