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música
O namorado da Lovefoxxx
Simon Taylor-Davis, guitarra do Klaxons e caso da cantora do Cansei de Ser Sexy, fala de show no Brasil
LÚCIO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM LONDRES
O Klaxons é a banda
do amanhã. Mesmo. Suas letras, de
realidade fantástica, remetem a encontros amorosos no futuro, e
eles se autodefinem como um
quarteto de 2012.
Quer dizer. O Klaxons é uma
banda de ontem. Seu som é
considerado uma espécie de
punk-funk ficção-científica,
com a parte groovie buscando
elementos na cultura rave dos
anos 90.
Não, o Klaxons é "a" banda de
hoje. O grupo novo mais badalado da Inglaterra, que causou
um certo pandemônio no último festival Coachella, na Califórnia, e deve provocar bagunça maior agora na turnê britânica de 15 shows esgotados, que
começaria ontem à noite em
Glasgow, na Escócia. Sem falar
na respeitável turnê européia
que vem na seqüência, nas
apresentações em grandes festivais no Reino Unido, na Espanha e no Japão e um show no
Brasil.
Para o Klaxons, o futuro é
agora. E o agora tem fortes conexões brasileiras. O disco de
estréia da banda do guitarrista
Simon Taylor-Davis, "Myths of
Near Future", acaba de ganhar
edição nacional.
Em entrevista ao Folhateen,
em Londres, o músico diz que
está tudo correndo bem para
que o Klaxons se apresente no
Brasil no final do ano. E, para
completar a brasilidade, Simon
namora a cantora Lovefoxxx,
do Cansei de Ser Sexy.
FOLHA - De onde vocês tiraram o
nome Klaxons?
SIMON TAYLOR-DAVIS - Jamie
[Reynolds, baixista e co-vocalista] tirou o nome do Manifesto Futurista. Ele é obcecado
por esse artigo do começo do
século que marcou o início do
futurismo [movimento artístico e literário].
FOLHA - O Klaxons parece ser uma
banda dance tocando rock. Ou um
grupo de rock fazendo dance music.
Vocês, que gostam tanto do futuro,
como vêem o Klaxons no segundo,
terceiro disco?
SIMON - Eu vejo a gente tentando fazer rock dançante do
jeito que o David Bowie fazia.
FOLHA - Como você apresentaria o
CD "Myths of Near Future" para um
brasileiro que não conhece o Klaxons e encontra o disco nas lojas?
SIMON - Nosso disco é, digamos, psy pop, ou um CD de "barulho interessante". Viajante e
real ao mesmo tempo. A onda
agora entre os ingleses é falar
sobre o ponto de ônibus, o
mundo real. Não tenho nada
contra isso, até gosto. Mas a
gente quis construir um mundo
"real" só nosso. Somos uma
banda que se reuniu para tocar
em novembro de 2005, só para
ver o que dava. Em janeiro, já tínhamos empresário, ofertas de
gravadora e turnê acertada. O
que aconteceu a partir daí conosco é tão mágico e surreal...
Perto disso, nossas letras são
até normais.
FOLHA - Eu li que vocês têm uma
obsessão com a cultura rave dos
anos 90, mas odeiam ser chamados
de líderes da new rave, termo criado
pela imprensa inglesa que bota vocês como ícones e abarca dezenas de
bandas dance-rock que inclui até o
Bonde do Rolê. O que é new rave?
SIMON - New rave é um rótulo
estúpido que criamos para zoar
com os jornalistas que perguntavam que música era aquela
que estávamos fazendo. Achamos que seria engraçado inventar nosso próprio estilo musical. Virou uma maldição, porque qualquer rock dançante
agora é new rave.
FOLHA - Como foi a tour com os
brasileiros do CSS pelo Reino Unido
[15 shows conjuntos entre janeiro e
fevereiro]?
SIMON - Amo CSS. Já gostava
antes de conhecê-los pessoalmente. Adorava ficar bêbado
com os amigos ouvindo "Let's
Make Love and Listen to Death
from Above". Depois, quando
eu conheci a Lovefoxxx, virei
um "stalker" (perseguidor).
Pensei: quero para mim.
FOLHA - Essa conexão pode levar o
Klaxons a tocar em breve no Brasil?
SIMON - Devemos tocar no
Brasil em outubro. Está tudo
correndo bem para esses shows
acontecerem.
MYTHS OF NEAR
FUTURE
Klaxons
www.klaxons.net
Ouça: "Atlantis to Interzone"
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