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NA ESTRADA
Mayra Dias Gomes - mayradiasgomes@uol.com.br
"Lobisomens" é nova tribo jovem nos EUA
É DIFÍCIL convencer um
adolescente de que tudo vai
passar. Os problemas amorosos, a insegurança, as espinhas, o medo, os impulsos, a necessidade de aceitação. Passamos a adolescência inteira desejando
chegar logo ao futuro, enquanto lutamos para agarrar o passado.
Acordamos todos os dias
com o mesmo conflito: queremos pertencer a um grupo
e ser indivíduos únicos ao
mesmo tempo. Somos patricinhas, góticos, punks,
emos, atletas, nerds, piranhas, esquisitos, metaleiros. Não sobrevivemos à escola sem uma etiqueta.
No auge do fenômeno
mundial de "Crepúsculo",
adolescentes da John Mashal High School, no Texas
(EUA), viraram hit no YouTube e no noticiário por terem criado um novo "movimento": os lobisomens.
Acreditem ou não, são jovens que amarram um rabo
em suas calças, usam lentes
de contato que se assemelham a olhos de caninos,
presas afiadas e repetem o
estilo de cabelo emo.
A história é basicamente a
mesma de qualquer outra
geração, tribo ou moda.
O aluno Deikitsen Lupus
diz que, ao se tornar parte
dos lobisomens, "você ganha amigos, ganha um lugar
ao qual pertencer. É aceito
por ser quem é ou o que é".
Outro adolescente afirma: "Não estamos tentando
intimidar ou ameaçar ninguém. Só tentamos viver nossas vidas e ficar de boa. Só
queremos nos divertir".
Autoridades confirmam
que as "gangues de lobos" já
existem em pelo menos meia
dúzia de escolas.
Muitos oferecem apoio
pela internet. No site do noticiário Kens5, um jovem do
sul da Flórida, nos EUA, fala
sobre o congresso de vampiros do qual faz parte e diz
que sente orgulho dos lobos
por pertencerem a uma sub-cultura tão diferente.
Saudável ou sem noção?
O que você faria se sua melhor amiga(o), irmã(o) ou filha(o) lesse os livros da Stephenie Meyer e aparecesse
em casa com um rabo?
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