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Da Etiópia para a Jamaica e o mundo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de a origem ser ignorada (há registros nos Vedas, as
sagradas escrituras da Índia, do
ano de 1.800 a.C.), os dreads se
tornaram marca registrada do
povo jamaicano quando o reggae de Bob Marley passou a fazer sucesso, nos anos 60.
Esse ritmo entrou nas paradas de sucesso de vários países
com letras que expressavam
uma série de sentimentos e desejos comuns às comunidades
negras: igualdade de direitos,
justiça social, consciência de
sua história e valorização das
raízes africanas, além da determinação em se tornar agente
do próprio destino.
Aqui no Brasil, Gilberto Gil e
Djavan estão entre os que primeiro apareceram com o visual
rasta publicamente, como uma
forma de manifesto pela preservação das características
dos afrodescendentes.
Mas antes da Jamaica, o movimento religioso dos rastafáris
teve início na Etiópia, na década de 30, quando Ras (significa
duque ou chefe) Tafari Makonnen foi proclamado imperador,
adotando o nome de Hailé Selassié e títulos pomposos como
"Rei dos Reis" e "Leão Conquistador da Tribo de Judá".
Segundo profecias, o novo rei
seria o messias que libertaria os
negros do mundo inteiro. A
partir daí, a história de Ras Tafari e da Etiópia, única terra
africana a permanecer livre do
jugo europeu, passaram a inspirar os rastas na Jamaica.
(DB)
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