São Paulo, segunda-feira, 07 de agosto de 2006
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Feios, sujos e malvados
Nova coletânea dos Ramones é obrigatória para roqueiros de qualquer espécie THIAGO RAMONE NEY DA REPORTAGEM LOCAL Qual a razão para o lançamento de mais uma coletânea dos Ramones a esta altura do campeonato? Bem, um argumento temperado com um pouco de ironia e cinismo citaria com desdenho as dezenas de compilações já encontradas nas lojas, o fato de a banda ser mais popular aqui no Brasil do que nos EUA... Mas, como o mundo já está cheio de ironia e cinismo, prefiro celebrar a chegada desse "Greatest Hits". Por quê? Talvez porque os Ramones estejam tão na moda hoje como estavam nos final dos anos 70/início dos 80. A banda gravou alguns discos bem irregulares e, na década passada, com o atropelo do grunge, do britpop, da música eletrônica e do rap, parecia que eles não faziam tanta diferença. Mas de uns três anos para cá vemos os Ramones, às vezes um pouco mais, às vezes um pouco menos, em várias bandas legais, sejam elas punks, indies, pós-punk, o que for. Libertines, Strokes, Futureheads, Irmãos Rocha!, Forgotten Boys... Ou, talvez, por um motivo simples e quase banal: as músicas dos Ramones são boas demais e, se você não conhece direito a banda, não tem nenhum disco, este "Greatest Hits" funciona que é uma beleza. "Compilações são legais porque os mais novos ficam sabendo como eram os Ramones. E, se gostam, correm atrás do resto de material", disse Marky Ramone ao Folhateen. É bem por aí. Marky Ramone está no Brasil, em turnê ao lado dos gaúchos Tequila Baby e do americano Queers. Ele já veio tantas vezes ao país quanto o número de coletâneas dos Ramones lançadas por aqui e, nesses shows, sempre arrasta um monte de saudosistas, gente para quem o rock parou há uns 20 anos. Mas encontram-se também vários garotos cheios de energia e com vontade de conhecer um pouquinho mais da história do rock. Texto Anterior: "Click" une drama e comédia Próximo Texto: Evento premia DJs de hip hop Índice |
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