São Paulo, segunda-feira, 08 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MÚSICA

Os contadores de história

Green Day lança CD com roteiro e vigor e Eminem põe drogas para fora em álbum

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem diz que revolta juvenil é coisa normal e passageira não deve ter ouvido "21st Century Breakdown", CD novo do Green Day.
O álbum mostra que duas décadas de carreira e cinco anos sem gravar inéditas não foram suficientes para baixar o fogo rebelde do vocalista Billie Joe.
Billie continua ganhando no grito. As melhores músicas do CD são as berradas, só que com uma voz mais clara do que há dez anos. É o caso de "Horse s hoes and Handgrenades", que lembra bem "Basket Case", um dos primeiros hits deles.
Também continuam eternamente jovens os palavrões. E seguem atemporalmente infantis críticas como "você é uma vítima do sistema; você é seu pior inimigo", de "Restless Heart Syndrome".
A diferença de "21st" é que seu fervor vem em forma de historinha. Dividido em três atos, o CD é tipo uma opereta, com músicas que dialogam.
Exemplo: a assertiva "Viva la Gloria!", do primeiro ato, vira a insegura "Viva la Gloria? (Little Girl)" do segundo ato, quando as coisas vão mal e o mundo se torna um lugar hostil.
Mas fique tranquilo: entre baladas como "Last Night on Earth" e o baixo nervoso de Mike Dirnt, a "trip" tem final feliz.

Uma(s) droga(s)
Voltou também o rapper Eminem, que estava em abstinência musical há quatro anos e agora lança o CD "Relapse".
Para se livrar dos tóxicos, ele decidiu jogá-los em 20 músicas de rimas sombrias.
Elas deram em um CD o.k., mas só lembram o disparatado de cabelo oxigenado de antes quando ele manda todo mundo à..., inclusive a si mesmo.
(CHICO FELITTI)


Texto Anterior: Rapidinhas
Próximo Texto: Sexo & Saúde - Jairo Bouer: Teen tem que ter bebê?
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.