São Paulo, segunda-feira, 08 de outubro de 2007

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DVD

Homem-aranha 3

Chegam às locadoras duas continuações super- heróicas: o terceiro Aranha e o segundo Quarteto

GOSTEI

DA REPORTAGEM LOCAL

Do herói nerd e atrapalhado para o sujeito egocêntrico e vaidoso, a transformação que Peter Parker sofre no terceiro episódio da série "Homem-Aranha" vale o filme. Esqueça-se do salvador bonzinho com caráter acima de qualquer suspeita dos outros filmes. No terceiro episódio da saga, o Homem-Aranha cai nas graças dos tablóides e não disfarça o prazer que sente com seus 15 minutos de fama. Tanto que se transforma num paparazzo de si próprio.
Como se não bastassem os arroubos de estrelismo, Parker entra em contato com uma substância esquisita que aumenta a sua força física, mas também o empurra cada vez mais para o lado negro da força. Surge a vontade incontrolável de vingar a morte do avô e de dar o troco no fotógrafo que roubou seu emprego.
O Peter Parker mau -com sua franja e maquiagem estilo emo e suas roupas da última moda- rende alguns dos momentos mais divertidos da série, como os passinhos à la John Travolta no meio da rua e a constrangedora cena em que decide provocar ciúmes em Mary Jane num clube de jazz.
(LETICIA DE CASTRO)

NÃO GOSTEI

IVAN FINOTTI
EDITOR DO FOLHATEEN

É difícil achar uma trilogia cinematográfica em que o terceiro episódio mantém o nível dos demais. Em geral, funciona assim: a primeira parte é ótima, ou não continuariam a série. O segundo repete os passos do primeiro. No terceiro, para não ficar feio, os roteiristas/diretores/produtores tratam de inventar subtramas, criar novos personagens, injetar mais comédia ou mais sangue, dependendo do caso.
"Rocky", "O Poderoso Chefão", "Indiana Jones", "De Volta para o Futuro", "Matrix", "Um Tira da Pesada", é uma lista sem fim em direção ao fundo do poço. "Homem -Aranha 3" se enredou nessa teia.
Todos os bons elementos dos primeiros filmes (as imagens do herói se balançando no meio dos prédios, as piadas sobre ser nerd, as dificuldades de fotógrafo/herói) já estão batidos. Restaram subtramas dignas de seriados, como "nesse episódio, Peter vira mau" ou "Harry Osborn perde a memória".
Quem segura as pontas é Gwen Stacy, numa curiosa inversão do mundo dos quadrinhos, no qual Gwen é (foi) a namorada ingênua e Mary Jane é a modelo de sucesso.


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