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DVD
Homem-aranha 3
Chegam às locadoras duas continuações super-
heróicas: o terceiro Aranha e o segundo Quarteto
GOSTEI
DA REPORTAGEM LOCAL
Do herói nerd e atrapalhado para o sujeito
egocêntrico e vaidoso, a
transformação que Peter Parker sofre no terceiro episódio
da série "Homem-Aranha" vale
o filme. Esqueça-se do salvador
bonzinho com caráter acima de
qualquer suspeita dos outros
filmes. No terceiro episódio da
saga, o Homem-Aranha cai nas
graças dos tablóides e não disfarça o prazer que sente com
seus 15 minutos de fama. Tanto
que se transforma num paparazzo de si próprio.
Como se não bastassem os
arroubos de estrelismo, Parker
entra em contato com uma
substância esquisita que aumenta a sua força física, mas
também o empurra cada vez
mais para o lado negro da força.
Surge a vontade incontrolável
de vingar a morte do avô e de
dar o troco no fotógrafo que
roubou seu emprego.
O Peter Parker mau -com
sua franja e maquiagem estilo
emo e suas roupas da última
moda- rende alguns dos momentos mais divertidos da série, como os passinhos à la John
Travolta no meio da rua e a
constrangedora cena em que
decide provocar ciúmes em
Mary Jane num clube de jazz.
(LETICIA DE CASTRO)
NÃO GOSTEI
IVAN FINOTTI
EDITOR DO FOLHATEEN
É difícil achar uma trilogia
cinematográfica em que
o terceiro episódio mantém o nível dos demais. Em geral, funciona assim: a primeira
parte é ótima, ou não continuariam a série. O segundo repete
os passos do primeiro. No terceiro, para não ficar feio, os roteiristas/diretores/produtores
tratam de inventar subtramas,
criar novos personagens, injetar mais comédia ou mais sangue, dependendo do caso.
"Rocky", "O Poderoso Chefão", "Indiana Jones", "De Volta para o Futuro", "Matrix",
"Um Tira da Pesada", é uma lista sem fim em direção ao fundo
do poço. "Homem -Aranha 3"
se enredou nessa teia.
Todos os bons elementos dos
primeiros filmes (as imagens
do herói se balançando no meio
dos prédios, as piadas sobre ser
nerd, as dificuldades de fotógrafo/herói) já estão batidos.
Restaram subtramas dignas de
seriados, como "nesse episódio,
Peter vira mau" ou "Harry Osborn perde a memória".
Quem segura as pontas é
Gwen Stacy, numa curiosa inversão do mundo dos quadrinhos, no qual Gwen é (foi) a namorada ingênua e Mary Jane é a modelo de sucesso.
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