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FOLHATEEN EXPLICA
MEC divulga proposta de mudanças no provão
DA REDAÇÃO
Não adianta querer boicotar. A proposta de mudanças no Exame Nacional
de Cursos, mais conhecido como provão, prevê outros critérios de avaliação
das universidades, mas a obrigação de o
aluno passar pela prova foi mantida.
E mais: em vez de apenas uma prova
seriam duas, uma no final do primeiro
ano e outra no fim do curso. Só que os
exames deixariam de ser aplicados todos
os anos para os mesmos cursos. O projeto prevê que cada curso seja avaliado
uma vez a cada três anos.
No primeiro ano, serão avaliados todos
os cursos da área de saúde, educação e
ciências biológicas. No ano seguinte, será
a vez das áreas de engenharia e ciências
da terra. Três anos depois, o restante das
áreas será avaliado para que os cursos de
saúde, educação e ciências biológicas
voltem a ser analisados após três anos.
Na tentativa de aperfeiçoar a forma de
avaliação e de medir não apenas a qualidade de seus alunos, a proposta apresentada na semana passada pelo ministro da
Educação, Christovam Buarque,
transforma a prova em um dentre
quatro itens que passariam a compor
um Índice do Desenvolvimento do
Ensino Superior (Ides).
Os resultados do provão seriam
apenas um indicador de aprendizagem da instituição, e o MEC integraria a ele os seguintes itens: 1) o processo de ensino (um conjunto de informações referentes aos professores); 2)
a capacidade institucional (informações sobre a oferta de programas de
pós-graduação, produção científica e
instalações físicas) e 3) envolvimento
do curso com a sociedade (dados que
mostrem a contribuição do curso como conteúdo voltado para solução de
problemas nacionais).
Na opinião de Gustavo Petta, presidente da UNE (União Nacional dos
Estudantes), com o novo sistema de
avaliação do ensino superior, vão acabar os boicotes de alunos ao provão.
"Sempre fomos a favor da avaliação,
mas o provão analisava o aluno, não a
instituição ou o curso."
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