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ESTANTE
A herança do rock'n'roll nos quadrinhos
LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA
Desde os anos 50, quando o rock se
apresentou no cenário, as coisas
nunca mais foram as mesmas. Desde
sua chegada, tudo foi de filtrado pelo
espírito irreverente, contestador, irônico e, às vezes, esquisito do estilo musical norte-americano, que logo tomou
conta de todo o Ocidente, impulsionado também pelo cinema.
Aqui, uma das primeiras gravações
de rock, talvez a primeira mesmo, foi
protagonizada por uma cantora que
não tinha nada disso. Era Nora Ney, falecida ainda há pouco, especializada
em boleros e sambas-canção lentíssimos e tristíssimos, que surpreendentemente gravou o famoso "Rock Around
the Clock", mas com o nome brasileiro
de "Ronda das Horas". Era 1955. Por
que foi ela quem a gravou? É que a pronúncia do inglês dela era a melhor da
gravadora... E isso há apenas 50 anos.
Daí por diante a gente pode acompanhar uma série de iniciativas de manter
o tal espírito do rock. Uma contribuição nova para ele é o livro de quadrinhos de Márcio Baraldi, chamado "Roko-Loko e Adrina-Lina". São dois personagens tomados dessa atitude
rock'n'roll e que atuam numa vida como a que todos nós conhecemos. Às vezes são pequenas histórias, espécie de
conto de fadas sobre guitarra e contestação, noutra vezes são tiras maiores.
Em uma delas, por exemplo: chega
ele, o Roko-Loko, perto dela, a Adrina-Lina, com uma caixa de camisinhas
musicais, com som do Doors, do Metallica, do Ramones, do Sepultura, e assim por diante. Uma delas não tem
identificação. Eles resolvem experimentar. E o som é horrível. Boas historinhas para minutos de diversão.
"Roko-loko e Adrina-lina"
Autor: Marcio Baraldi
Editora: Opera Graphica
Contato: www.operagraphica.com.br
Quanto: R$ 10
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