São Paulo, segunda-feira, 09 de maio de 2011

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SEXO & SAÚDE

JAIRO BOUER - jbouer@uol.com.br

O problema das drogas ganha novos atores

DUAS NOTÍCIAS sobre drogas publicadas na Folha na última semana merecem atenção especial aqui na coluna de hoje. É fundamental falar claramente sobre esse tema como maneira de trabalhar a prevenção do problema.
No campo das drogas ilícitas, o Denarc (Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcóticos) de São Paulo anunciou a apreensão de 60 kg de uma droga conhecida como oxi, uma pedra feita a partir da pasta-base de cocaína, que passa por uma oxidação.
O oxi é considerado mais potente, mais barato, mais letal e mais perigoso que o crack. Muita gente confunde as duas pedras, mas elas passam por processos químicos completamente distintos em sua manufatura.
Conhecida há mais tempo no norte do país (Amazônia, Acre) e nas regiões próximas às fronteiras com Bolívia, Peru e Colômbia, a "nova" droga parece estar migrando para outras áreas. Usada antes de maneira diluída na maconha, ela agora é fumada em cachimbos, no estado puro.
Nos últimos anos, muitos adolescentes (inclusive de classe média) consumiram crack e enfrentam hoje os efeitos devastadores da droga. Com o oxi, o risco parece ser ainda maior.
Muita atenção com novidades oferecidas por amigos e conhecidos nas baladas. Para algumas drogas (crack e oxi incluídos), uma única experiência pode ser suficiente para desencadear um quadro de dependência.
No campo das drogas lícitas, uma pesquisa revelou que quase 75% dos jovens que tomam o metilfenidato (uma anfetamina), a droga mais utilizada para tratar o deficit de atenção no Brasil, podem estar usando o remédio sem necessidade.
Na maior parte dos casos, o diagnóstico pode estar errado, e dificuldades de concentração podem estar sendo medicadas de maneira exagerada. Muito cuidado com os excessos! O remédio traz efeitos colaterais.


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