São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2008

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Sexo & Saúde

Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br

Verruga no pênis

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"Estou com uma verruga no pênis e outras estão aparecendo perto da cabeça. O que faço?"

2
"Minha namorada fez exames e constatou que possui o HPV. No entanto nenhum de nós apresentou verrugas genitais. A ginecologista indicou o tratamento e aconselhou que eu procurasse um urologista. É verdade que o vírus nunca sai do corpo?"

3
"Descobri que tenho HPV e fiquei apavorada, mas já fiz o tratamento. Namoro o mesmo rapaz há cinco anos, e ele foi o único parceiro que tive. Ele diz que também fui a única que teve. Será que pode haver outra forma de eu ter pego o vírus? Como falar com ele?"


O HPV (papiloma vírus humano) é hoje um dos agentes mais comuns que causa uma doença sexualmente transmissível (DST). Algumas pesquisas indicam que entre 20% e 30% das pessoas vão se infectar com esse vírus em sua vida sexual. Muita gente!
Para reduzir a chance de entrar em contato com o HPV, a camisinha deveria estar em todas relações sexuais. As mulheres devem fazer o exame ginecológico completo, pelo menos uma vez por ano, e os garotos precisam procurar um médico se surgir alguma alteração.
O primeiro leitor diz que apareceu uma lesão em formato de verruga em seu pênis. Toda lesão que lembra uma verruga na região genital pode ser causada por um dos tipos de HPV (são mais de 70). Portanto o garoto precisa procurar um médico. Mas nem todo tipo de HPV causa verrugas. Alguns deles provocam lesões microscópicas na vagina e no colo do útero. Uma infecção pelo HPV não tratada, depois de muitos anos, pode até levar ao desenvolvimento de câncer de colo de útero.
Quando uma garota recebe um diagnóstico de HPV é importante que o namorado também passe por uma avaliação com o urologista. Mesmo sem "enxergar" uma lesão, ela pode estar lá. O médico vai usar técnicas especiais para tentar identificar e tratar lesões invisíveis a olho nu. Uma vez tratada a lesão, o médico deve acompanhar a pessoa já que o vírus HPV pode voltar.
A forma mais comum de transmissão é o sexo sem proteção. A infecção pode ter acontecido anos antes do namoro atual, sem que ela tenha se manifestado de forma clara ou tenha sido detectada. É muito difícil dizer quem pegou de quem ou quem passou para quem. Compartilhar roupas íntimas e sabonetes também é descrito como uma forma possível de transmissão.
Hoje já existe uma vacina para prevenção dos tipos mais agressivos de HPV (aqueles que estão mais ligados ao aparecimento de câncer). Por enquanto ela só é achada em clínicas particulares e está indicada apenas para as garotas, principalmente para as mais novas.


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