TALENTO PRECOCE, MAYARA LEME, 15, CHEGA A SE APRESENTAR QUATRO VEZES NA MESMA NOITE

DE SÃO PAULO

Antes de nascer, a DJ Mayara Leme já frequentava as pistas. Isso porque, mesmo grávida, a mãe da garota do interior paulista não deixava de dar um pulinho na balada.
"Quando eu tinha uns 11 anos, pedi para ela me levar à matinê", conta. "Eu queria entender por que ela gostava tanto dessas festas."
Mayara não desgrudou os olhos das mãos do DJ. As mãos, no caso, eram de Rogério Dias, melhor amigo de Gisele, 40, a mãe.
Foi ele quem ensinou a "sobrinha" a mexer nos CDJs (toca-CD) e no mixer (que permite misturar duas ou mais músicas).
"Demorei um pouco para aprender. Até então, eu brincava de boneca." No mesmo ano, fez sua estreia em uma rave. "Eu toquei por último, só para 30 pessoas", lembra.
Mesmo assim, de boca em boca, elogios percorreram os bastidores da noite, e ela logo passou a ser requisitada.
Hoje, aos 15 anos, a DJ prodígio tem a agenda lotada até dezembro. Na próxima sexta-feira, ela abre o show do cantor Ne-Yo (leia ao lado).
"Ele é um ótimo cantor, mas não toco as músicas dele", diz a DJ teen. "Meu set é de eletro e tech-house."
Residente do Club A e das matinês Intercollege, ela toca, em média, 30 vezes por mês. O cachê varia de R$ 2.000 a R$ 3.000 em São Paulo. Fora do Estado, R$ 5.000.

GENTE GRANDE
A jovem DJ não gosta de faltar na escola. "Não comprei equipamento porque não dá tempo de treinar, preciso estudar", afirma.
Com seu "salário", comprou um carro e está construindo uma casa.
A mãe, que largou o emprego para acompanhar a filha -Mayara só entra nos clubes com um responsável legal-, abriu uma agência de DJs e eventos.
Nesta semana, Mayara começa as aulas de produção de música eletrônica: "Quero ser conhecida em Londres". Mas também está juntando dinheiro para fazer faculdade de direito. "Talvez a fama acabe um dia". (MM)


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