São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2010

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ESPORTE

profissão: surfar

Na elite mundial do esporte, Bruna Schmitz fala sobre o lado bom e o ruim do seu trabalho

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto as meninas remavam no Guarujá (SP), sonhando em chegar à elite do surfe mundial, a paranaense Bruna Schmitz já curtia essa realidade, com apenas 20 aninhos recém-completados.
Mas a vida dela não estava nada mansa lá do outro lado do mundo, na Austrália, onde disputava uma etapa do WCT (World Championship Tour), campeonato que reúne as melhores surfistas do mundo.
"Não fiz resultados muito bons nas provas da Austrália. Tenho que me manter entre as dez primeiras para continuar no campeonato no ano que vem", diz a surfista.
"Não é nem um pouco mole. Quando a água está gelada, dá preguiça. Dá saudade, às vezes me sinto sozinha. Sinto falta da comida da minha mãe, de falar português. E é difícil manter a constância", diz.
Tem até tubarão entre os problemas. Uma das praias em que ela competiu este ano, na Austrália, é famosa pela quantidade de tubarões. "O mar é fundo e escuro, você olha para baixo e não vê nada. Ano passado, uma menina viu um tubarão e saiu assustada do mar. Eu morro de medo."

Sol e água fresca
Mas nem tudo é reclamação, é claro. Bruna fez amizades -no Havaí e em Portugal, onde esteve no fim de semana passado, ela fica na casa de amigas. Outro aspecto legal, segundo ela, é a oportunidade de conhecer diferentes culturas e idiomas, além do contato constante com a natureza.
E a chance de sempre descolar um momento para o que mais gosta de fazer: surfar pelo puro prazer de surfar.
"É muito bom pegar onda com os amigos, dando risada, se divertindo. É bom estar na praia todo os dias", diz Bruna.
Ah, e não dá para esquecer da poupança, que acumula mais de R$ 110 mil em prêmios. "Guardo tudo numa conta separada. Quero comprar uma casa e um carro."
(TARSO ARAUJO)


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