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ESPORTE
profissão: surfar
Na elite mundial do esporte, Bruna Schmitz fala sobre o lado bom e o ruim do seu trabalho
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto as meninas remavam no Guarujá (SP),
sonhando em chegar à elite do surfe mundial, a paranaense Bruna
Schmitz já curtia essa realidade, com apenas 20 aninhos recém-completados.
Mas a vida dela não estava nada mansa lá do outro
lado do mundo, na Austrália, onde disputava uma etapa do WCT (World Championship Tour), campeonato
que reúne as melhores surfistas do mundo.
"Não fiz resultados muito
bons nas provas da Austrália.
Tenho que me manter entre
as dez primeiras para continuar no campeonato no ano
que vem", diz a surfista.
"Não é nem um pouco mole.
Quando a água está gelada, dá
preguiça. Dá saudade, às vezes
me sinto sozinha. Sinto falta da
comida da minha mãe, de falar
português. E é difícil manter a
constância", diz.
Tem até tubarão entre os
problemas. Uma das praias em
que ela competiu este ano, na
Austrália, é famosa pela quantidade de tubarões. "O mar é fundo e escuro, você olha para baixo e não vê nada. Ano passado,
uma menina viu um tubarão e
saiu assustada do mar. Eu morro de medo."
Sol e água fresca
Mas nem tudo é reclamação,
é claro. Bruna fez amizades
-no Havaí e em Portugal, onde
esteve no fim de semana passado, ela fica na casa de amigas.
Outro aspecto legal, segundo
ela, é a oportunidade de conhecer diferentes culturas e idiomas, além do contato constante
com a natureza.
E a chance de sempre descolar um momento para o que
mais gosta de fazer: surfar pelo
puro prazer de surfar.
"É muito bom pegar onda
com os amigos, dando risada, se
divertindo. É bom estar na
praia todo os dias", diz Bruna.
Ah, e não dá para esquecer da
poupança, que acumula mais
de R$ 110 mil em prêmios.
"Guardo tudo numa conta separada. Quero comprar uma
casa e um carro."
(TARSO ARAUJO)
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