São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2010

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NA ESTRADA

Mayra Dias Gomes - mayradiasgomes@uol.com.br

Ville Valo em Vegas

Dez meses se passaram desde a última vez que entrevistei o cobiçado vocalista finlandês Ville Valo em Helsinque. Era verão e ele estava ensaiando muito, preparando-se para viajar para Los Angeles para gravar o sétimo álbum do H.I.M., com o produtor Matt Squire, responsável pela nova sonoridade pop.
"Screamworks: Love in Theory and Practice", lançado nos Estados Unidos no dia 9 de fevereiro, perto do Dia dos Namorados, foi gravado em dois meses e meio. Quando a banda terminou o álbum no Halloween, Ville voltou para sua torre em Helsinque e gravou um disco com versões acústicas, chamado "Baudelaire in Braille". "O título representa a natureza confusa do amor. Imagine ler Baudelaire em braile. A vida é assim pra mim. Vivo tentando descobrir o que significa."
Uma "ex" inspirou o novo álbum: "Ainda me importo muito com ela. Não posso culpá-la por tudo, mas ela estava na minha cabeça como uma estrela-guia. Ela gostou do álbum, fico feliz".
Ville, que se considera um ermitão, só consegue escrever músicas quando está em casa. E escrever é o que o faz feliz. "Não diria que estou feliz agora. Estou contemplativo. Acho que vou encontrar minha felicidade quando achar uma nova música. Minhas ideias ficam distraídas quando estou em turnê. Já viajei com um violão, mas tentar escrever em um ônibus enquanto alguém está dormindo e alguém está bebendo é impossível. Os camarins e as viagens, tudo é muito colorido."
Especialmente num sábado à noite em Las Vegas, onde estávamos para um show lotado da banda. Sóbrio há quase três anos, Ville disse que somente dormiu da última vez que foi à Las Vegas.
"É muito chato quando você não está bêbado. Nunca vim pra cá como turista, só para tocar."
Minutos antes de subir no palco, ele satisfez a curiosidade dos fãs brasileiros: "Estamos falando sobre ir ao Brasil. Soubemos que algumas pessoas estão interessadas. Conversamos sobre isso, mas é difícil. Somos do outro lado do mundo e levar toda a equipe e os instrumentos é complicado. Espero que a gente vá abrir para alguma banda muito grande. Seria adorável."


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