COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pela primeira vez, todas as regiões do país estarão representadas na Mostra Curta Fantástico, que acontece em São Paulo, de amanhã a domingo.
A organização do festival selecionou 52 obras para a fase competitiva, incluindo títulos do Norte e do Centro-Oeste, evidenciando a expansão da produção nacional, antes restrita ao Sul, ao Nordeste e, principalmente, ao eixo Rio-SP.
A idéia é popularizar e incentivar o cinema fantástico, gênero marginalizado no Brasil -de zumbis, assombrações, vampiros, alienígenas, lendas urbanas e viagens no tempo. Além de curtas-metragens de terror, fantasia e ficção científica, serão promovidos debates, oficinas e palestras.
Em sua terceira edição, a mostra recebeu 102 inscrições, vindas de 16 Estados brasileiros. Produções da Europa, Ásia e Américas do Norte e do Sul integram as sessões especiais do evento, cujo destaque será a participação do animador inglês Robert Morgan -desde criança um obcecado por insetos, tubarões e monstros e que, adulto, passou a colecionar prêmios por suas animações.
Também serão exibidos três curtas do cineasta de horror espanhol Nacho Cerda, famoso pela polêmica de que teria usado um cadáver "verdadeiro" em algumas de suas filmagens.
Do Brasil, o frisson deve ficar a cargo de dois longas centrados em zumbis. "Mangue Negro", de Rodrigo Aragão, mistura a chacina de zumbis num mangue poluído com uma história de amor. Rodado no quintal da casa do diretor, numa vila de pescadores de Guarapari (ES), o filme tem caprichados efeitos de maquiagem.
Já "Capital dos Mortos", de Tiago Belotti, mostra Brasília invadida por mortos-vivos, com um grupo de amigos tentando sobreviver. Os zumbis em questão são voluntários que o diretor coletou divulgando as filmagens no Orkut e no MSN.
As sessões e atividades, todas gratuitas, acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Cultural São Paulo, Cine Favela Heliópolis, nas bibliotecas públicas Roberto Santos e Viriato Corrêa e na Casa das Rosas. A programação está no site www.cinefantastico.com.br. (DÉBORA YURI)



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