São Paulo, segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

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Música

Bad boys

Backstreet Boys ensinam caminho da decadência em "Unbreakable", seu novo CD

DA REPORTAGEM LOCAL

São muito poucas as chances de acompanhar o passo-a-passo da decadência de um grupo de música pop. Mas, graças aos americanos dos Backstreet Boys, podemos ver claramente isso de perto.
Venerados nos anos 90, chegaram a vender mais de 1 milhão de cópias de seu terceiro disco, "Black & Blue" (2000), só na primeira semana -além de arrancar gritos e suspiros de adolescentes do mundo todo.
Hoje, apenas sete anos depois -e também em uma semana-, venderam, com muito esforço, pouco mais de 80 mil cópias de seu frágil sexto CD, intitulado, sem ironia, "Unbreakable" (inquebrável). É o primeiro que apresenta o grupo como um quarteto -o esperto Kevin Richardson deixou a barca furada em 2006. Além disso, o disco só teve espaço na parada adulta americana, dedicada aos que estão chegando aos 30.
A receita do fracasso é óbvia. Além do envelhecimento dos fãs e dos membros -que insistem em serem chamados de boys- e da falta de capacidade de atrair novos ouvintes, eles são incapazes de se renovar.
Não têm a sensualidade de Justin Timberlake nem o deboche de Robbie Williams, bem-sucedidos ex-integrantes de "boy bands" contemporâneas dos Backstreet Boys. Esse espírito de quem ficou parado nos anos 1990 se reflete na som e nas letras caretas e antiquadas de "Unbreakable". E mais um capítulo do livro da ascensão e da queda dos Backstreet Boys se encerra. Melhor seria se fosse o último. (LEANDRO FORTINO)


UNBREAKABLE
Backstreet Boys
www.backstreetboys.com


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