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Música
Bad boys
Backstreet Boys ensinam caminho da decadência em "Unbreakable", seu novo CD
DA REPORTAGEM LOCAL
São muito poucas as chances de acompanhar o passo-a-passo da decadência
de um grupo de música pop.
Mas, graças aos americanos dos
Backstreet Boys, podemos ver
claramente isso de perto.
Venerados nos anos 90, chegaram a vender mais de 1 milhão de cópias de seu terceiro
disco, "Black & Blue" (2000), só
na primeira semana -além de
arrancar gritos e suspiros de
adolescentes do mundo todo.
Hoje, apenas sete anos depois -e também em uma semana-, venderam, com muito esforço, pouco mais de 80 mil cópias de seu frágil sexto CD, intitulado, sem ironia, "Unbreakable" (inquebrável). É o primeiro que apresenta o grupo como
um quarteto -o esperto Kevin
Richardson deixou a barca furada em 2006. Além disso, o
disco só teve espaço na parada
adulta americana, dedicada aos
que estão chegando aos 30.
A receita do fracasso é óbvia.
Além do envelhecimento dos
fãs e dos membros -que insistem em serem chamados de
boys- e da falta de capacidade
de atrair novos ouvintes, eles
são incapazes de se renovar.
Não têm a sensualidade de
Justin Timberlake nem o deboche de Robbie Williams, bem-sucedidos ex-integrantes de
"boy bands" contemporâneas
dos Backstreet Boys. Esse espírito de quem ficou parado nos
anos 1990 se reflete na som e
nas letras caretas e antiquadas
de "Unbreakable". E mais um
capítulo do livro da ascensão e
da queda dos Backstreet Boys
se encerra. Melhor seria se fosse o último. (LEANDRO FORTINO)
UNBREAKABLE
Backstreet Boys
www.backstreetboys.com
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