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esporte
Jogos de paz
Gosta de futebol, mas detesta violência? Saiba quais são as "melhores" partidas do Paulistão
JOSÉ FLÁVIO JÚNIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quarta-feira, 16h.
Nove amigos com
idade entre 16 e 18
anos tomam seus
lugares na pequena
00arquibancada do
estádio do Clube Atlético Juventus, na rua Javari, no bairro
paulistano da Mooca. Entre
eles há palmeirenses, santistas,
são-paulinos e corintianos.
Mas o jogo ao qual assistem é
entre o time da casa e a Portuguesa. Teriam esses jovens torcedores errado de endereço?
Não, eles simplesmente curtem futebol e sabem das delícias de se assistir a um jogo de
time pequeno no Campeonato
Paulista. Pela segunda vez na
rua Javari, a estudante Patrícia
Russo, 17, chegou arrastada pela amiga e palmeirense roxa Juliana Dourado, 16, a líder da
turma de nove. Logo nos primeiros lances, já estava toda
animada: "Aqui vem família,
não tem violência", elogia.
Juliana também se diverte
com o comportamento dos torcedores tradicionais. "Quando
saiu o primeiro gol do Juventus, um velhinho comemorou
levantando a bengala", relata.
Agarrado à grade que separa
o público do gramado, Gabriel
di Angelis, 15, zoa: "Aqui posso
xingar os jogadores de pertinho". Mas faz uma ressalva:
"Tem dias que o jogo é tão ruim
que chega a dar raiva".
O hino do clube? Nenhum
dos abordados pela reportagem
do Folhateen sabia. Mas o
amor pelo espetáculo fala mais
alto na Ju-Jovem, a organizada
que, se não cabe inteira dentro
de um fusquinha, fica folgada
dentro de um busão. "Aqui é
um templo sagrado do futebol.
Venho desde os 4 anos", vibra
Lucas Fernandes, 14. Nesse
tempo todo, ele afirma nunca
ter visto uma pancadaria no estádio, que comporta até 5.000
pessoas (espremidas).
Além da rua Javari, outro endereço que pode oferecer bom
divertimento é a Arena Barueri, estádio novinho em folha
que fica em Barueri, cidade
próxima à capital paulista. Mas
o mandante tem de ser o inexpressivo Grêmio Recreativo
Barueri e o adversário, um time
de mesmo porte...
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