São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 2005

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CIDADE

Conheça os pontos preferidos dos adolescentes para comer, comprar, passear e flanar na Paulista

A avenida do rolê

ALESSANDRA KORMANN
DA REPORTAGEM LOCAL

O "flâneur", personagem criado pelo poeta francês Charles Baudelaire (1821-1867), era uma figura que vagava a esmo pelas ruas de Paris do século 19. Hoje, ele está mais atual do que nunca: a milhares de quilômetros do rio Sena, muitos adolescentes também adoram flanar em um dos endereços mais conhecidos de São Paulo: a avenida Paulista.
Se fôssemos perguntar a psicólogos, antropólogos ou sociólogos o que motiva esses jovens, provavelmente eles falariam sobre a busca pela primeira relação com a cidade. Mas os jovens entrevistados pelo Folhateen na avenida Paulista deram uma outra explicação para o fato de estarem lá: a sensação de estar em outro país.
"Gosto da Paulista porque é um mundo à parte de São Paulo, é uma coisa meio Nova York", diz o estudante e analista de sistemas Rafael Menezes, 20, que costuma freqüentar o "núcleo cultural" da avenida, além de conversar com amigos no vão livre do Masp.
Ele é um dos muitos jovens que vêm de todos os cantos para usufruir coisas que Paulista oferece: cultura, consumo, comida ou, apenas, contemplação. Quando não vêm sozinhos, costumam se encontrar no metrô.
Os amigos Bruno Iauch Lopes, 18, Rodrigo Fagundes de Médio, 18, Leandro Tateishi, 19, e Catherine Bonetti, 18, que moram em Santo André (região metropolitana de São Paulo), foram à Paulista na semana passada para curtir um dia de folga em um dos bares na galeria do Gemini. "Adoro esse clima de metrópole, tem mais a ver comigo", diz Leandro, que costuma ir à avenida pelo menos duas vezes por semana, enquanto não realiza seu sonho de ir para Londres.
"Eu gosto de vir à Paulista porque é muito movimentado, você sente a cidade", diz a estudante Gabriela Moura, 16, que costuma freqüentar com amigos o McDonald's, o Fran's Café e a Fnac.
Na Paulista, há pessoas de todos os tipos passando -e você pode ser uma delas sem ser notado, acredita a estudante Alessandra Baiget, 17. "As pessoas são diferentes, mais diversificadas. Em shopping, são sempre iguais."
Para Murilo Paiva Homsi, 17, que pelo menos uma vez por semana passa por lá, "o mais interessante da Paulista é a variedade de coisas para fazer, como tomar um lanche e dar uma volta rápida ou passar a tarde vendo uma exposição e depois ir jantar".
Para você se localizar nessa "Paulista teen", fizemos um mapa destacando onde estão os focos de interesse dos jovens, segundo eles mesmos. Não vá se perder por aí.


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