São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 2011

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INTERNETS

Ronaldo Lemos ronaldolemos09@gmail.com

Transmissão ao vivo abre caminhos na rede

Não pude participar da Marcha da Maconha no último 2 de julho, em São paulo.
Sobre o tema, fecho com aposição da Comissão Latino-Americana sobre drogas e democracia, integrada por Mario Vargas Llosa e FHC.
Mesmo não podendo ir, vi boa partedo evento como se estivesse lá. Isso porque o jornalista Bruno TorturraNogueira (@torturra) pegou seu celular e transmitiu tudo ao vivo, por streaming,na rede - tudo como participante, e não como profissional.
Com isso, vi Bruno conversar com as pessoas andando pela paulista e acompanhei a surpresa de alguns "entrevistados" que não percebiam que eram vistos por muita gente. Alguém achava a transmissão, postava o link no Twitter ou no Facebook, e mais gente aparecia.
Assim, deu para ver a marcha pela perspectiva de quem estava lá, experiência diferente da cobertura mais distanciada publicada depois pelos jornais.
O potencial do "ao vivo" pela internet é enorme e ainda pouco explorado. Experiências interessantes estão surgindo na música. Grandes festivais - como Coachella ou Bonnaroo - passaram a colocar os shows na rede em tempo real.
No Brasil, a TV Trama todos os dias transmite, ao vivo, um show às 16h pela internet (bit.ly/9N3s4W). Ambas experiências geram uma relação diferente e mais intensa com a apresentação.
É claro que há quem reclame. Dizem que, quando os festivais transmitem o show ao vivo, criam sua própria versão "oficial" do evento. Isso ofusca e desestimula as múltiplas visões geradas pelo público, que são compartilhadas online. Mas há espaço para as duas coisas. Na medida em que a conexão pelo celular melhora, mais experimentos vão surgir. E o próprio jornalismo tradicional ainda tem muito a explorar a respeito dessa possibilidade.

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