São Paulo, segunda-feira, 11 de setembro de 2006

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música

Emo

Em entrevista exclusiva ao Folhateen, Brendon Urie, vocalista do Panic! At the Disco, conta de onde tirou o nome de sua banda e afirma que seu som ainda não está definido

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um dia Brendon Urie, 19, vocalista do Panic! at the Disco, foi dormir como membro da Church of Jesus Christ of Latter-Day Saints. No outro dia, acordou como um dos mais quentes astros do rock abaixo dos 25 anos, segundo a revista americana "Spin". Bem abaixo. E, no meio do caminho, em julho, falou ao Folhateen, por telefone, do aeroporto de Nova York. "Para onde estou indo? Nem sei. Faz tempo que eu saio do palco e vou para o aeroporto, e para o palco e, depois, aeroporto", falou Urie, interrompendo a ligação por um segundo e perguntando para alguém ao lado: "Aonde vamos?" (LR)

FOLHA - Como você descreveria o som do Panic! at the Disco?
BRENDON URIE
- Acho que encontramos uma fórmula boa e natural de reproduzir os estilos que a gente gosta, que é um pouco de rock, de punk, de música eletrônica, de disco music, de alternative music. De tudo que a gente ouve e que, de certa forma, nos formou musicalmente. Mas ainda somos uma espécie nova e em mutação. Acho que o som da banda ainda vai mudar. Não está definitivo.

FOLHA - Vocês rapidamente viraram os heróis do levante emo, que é uma espécie de música hardcore com letras bem sentimentais. Vocês se encaixam nessa definição?
URIE
- Totalmente, mas não só. Há uma identificação emo por causa de nossas letras, que são uma espécie de diários musicados. Mas nossa música tem elementos que nos faz ir bem além dessa categoria emo.

FOLHA - Essa coisa de diários musicados explica os nomes gigantescos das canções, como se fossem título de livros?
URIE
- Sim, o Ryan [Ross, guitarrista e letrista] gosta de romancear suas muitas histórias de juventude, de infância, de conflitos familiares e trazer uma certa literatura para nossas músicas. Daí a idéia de contar o máximo de suas histórias no título das músicas, como se estivesse escrevendo um livro.

FOLHA - O que inspirou o nome da banda? Foi por causa da música dos Smiths?
URIE
- Foi um pouco de duas coisas. A gente queria botar um nome grande e que tivesse a palavra "disco". Quase botamos Burning Down the Disco. Mas por causa de uma banda punk que nós gostamos, Name Taken, que tem uma música chamada "Panic", começamos a discutir "panic" no nome. E como também lembrava a canção dos Smiths ["Panic on the streets of London"], ficou fácil nossa decisão.

FOLHA - Vocês são de Las Vegas, de onde também surgiu recentemente o Killers. Há uma cena forte em Las Vegas agora?
URIE
- Não há cena nenhuma em Las Vegas, na verdade. Uma banda aqui e ali. Não conheço os caras do Killers. Devo ter visto algum show em alguma balada daqui, talvez há alguns anos, mas não me lembro direito.

FOLHA - Vocês acham que o Panic! construiu essa fama rápida mais por causa da venda de discos na loja ou por causa da internet?
URIE
- Internet, sem dúvida. Nenhum artista, tirando os já consagrados, aparece ou explode hoje por causa de vendagem de CDs. Temos sorte de nos darmos bem em loja e na rede.


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